"Não é necessária [energia] nuclear para chegar à neutralidade", defende Jeffrey Sachs

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O diiretor do Centro para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Columbia e presidente da Sustainable Development Solutions Network da ONU, partilhou com a Euronews as expectativas para a COP26.

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O debate na Europa sobre se a energia nuclear é ou não uma fonte de energia limpa está está aceso. Poderá a humanidade dar-se ao luxo de confiar apenas nas energias renováveis?

Jeffrey Sachs, diiretor do Centro para o Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Columbia e presidente da oragnização Sustainable Development Solutions Network das Nações Unidas, considera que "o sol nem sempre brilha e é caro armazenar energia, mas agora estamos a ver que o custo do armazenamento está a descer de forma acentuada. As tecnologias estão a melhorar rumo a uma maior flexibilidade e resiliência dos sistemas de energia de base renovável. Perspetiva-se um bom futuro para a energia não-nuclear, totalmente limpa, até meados do século. A propósito, na segunda metade do século XXI, talvez a energia de fusão, que é bastante diferente da forma como produzimos energia nuclear agora, com fissão, venha a ter lugar. Talvez tenhamos energia nuclear de uma forma diferente e mais segura que, por exemplo, não conduza ao risco de proliferação nuclear, acidentes, ou de resíduos nucleares de longa duração. E, claro, pode sempre haver lugares particulares, com desafios especiais. Mas, de um modo geral, a maioria dos cenários atuais mostram que não é necessário o nuclear para chegar à neutralidade.

Quanto às expectativas para a COP26, o especialista lembra que "já atingimos os 1,2 graus Celsius de aquecimento. É chocante. Os estudos mostram que isto é o mais quente dos últimos 100.mil anos. Continuamos a aumentar a temperatura, porque a Terra ainda nem sequer alcançou as emissões humanas de gases com efeito de estufa. Por outras palavras, o planeta ainda está a aquecer apenas para recuperar o atraso em relação às emissões que temos feito até agora. Estamos a passar o momento mais difícil. Temos de fazer muito melhor. A COP26 está preparada para o momento em que dizemos "sanidade". Temos líderes em todo o mundo que percebem a situação, é melhor que a resolvam".

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