Luxleaks II "ensombra" juramento da equipa de Juncker

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De  Isabel Marques da Silva
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Jean-Claude Juncker "perseguido" pelo escândalo Luxleaks em dia de cerimónia de juramento da Comissão Europeia

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Jean-Claude Juncker voltou a estar sobre pressão por causa do escândalo Luxleaks, no dia em que jurou respeitar os Tratados e a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia (UE).

À chegada para a cerimónia, esta quarta-feira, no Tribunal de Justiça da UE, no Luxemburgo; o líder do executivo europeu disse que é preciso criar condições para maior coordenação de políticas fiscais.

Esta foi a resposta que deu à imprensa quando questionado sobre a revelação, na véspera, de novos nomes de multinacionais implicadas no caso de elisão fiscal.

Juncker foi primeiro-ministro do Luxemburgo durante quase duas décadas e presidente do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças da zona euro, durante oito, retirando-se de ambos os cargos em 2013.

O Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação – que investigou o caso Luxleaks -, revelou agora novos nomes de multinacionais envolvidas nos acordos fiscais no Luxemburgo.

Disney, Skype, Telecom Itália e Bombardier foram outras empresas que pagaram impostos mínimos sobre lucros milionários, usando o mesmo mecanismo que também beneficiou multinacionais como a Amazon e a Apple, tal como foi divulgado no início de novembro.

Juncker já escapou a uma moção de censura do Parlamento Europeu por causa deste escândalo.

Apesar de insistir que não praticou nenhuma ilegalidade e de recordar que 22 dos 28 países da UE praticam este mecanismo – conhecido por “tax ruling” – o presidente da Comissão Europeia tem reconhecido que o escândalo é um embaraço institucional.

“Objetivamente estou enfraquecido, já que o Luxleaks leva a crer que teria participado de manobras que não correspondem às regras elementares de ética e moral”, reconheceu numa entrevista publicada, esta quarta-feira, pelo jornal francês Libération.

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