Ucrânia: Bruxelas congela por uma semana sanções contra 19 pessoas

Ucrânia: Bruxelas congela por uma semana sanções contra 19 pessoas
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De  Isabel Marques da Silva com Lusa
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Os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) aprovaram, esta segunda-feira, em Bruxelas, a adição de 19 nomes à lista de sancionados por causa da crise na Ucrânia, mas congelaram a sua implementação

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Os chefes da diplomacia da União Europeia (UE) aprovaram a adição de 19 nomes à lista de sancionados por causa da crise na Ucrânia, mas congelaram a sua implementação por uma semana.

No final da reunião, em Bruxelas, esta segunda-feira, a Alta Representante da UE para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, explicou que “queremos dar espaço de manobra aos esforços diplomáticos que estão em curso para que tenham o máximo de hipóteses para serem bem sucedidos”.

“Decidimos por unanimidade que a entrada em vigor das medidas é adiada até o próximo dia 16 – porque acreditamos que é nosso dever dar a esta tentativa diplomática uma real oportunidade”, acrescentou Federica Mogherini.

A Alta Representante da UE refere-se aos esforços da chanceler alemã e do presidente francês junto dos governos ucraniano e russo para restabelecer o acordo de tréguas de Minsk.

O ministro dos Negócios Estrangeiros (MNE) lituano, Linas Linkevičius, realçou que ‘todos esperamos que haja uma solução diplomática. Ninguém quer a guerra. Mas só podemos julgar com base nos desenvolvimentos no terreno e parece-me que não se pode acreditar numa única palavra da liderança russa. Não tem valor se não houver provas no terreno”.

A nova ronda de negociações deverá decorrer também em Minsk, capital da Bielorrussia, na quarta-feira.

O plano de paz franco-alemão prevê uma série de passos para a aplicação dos acordos de setembro e alargar a zona desmilitarizada em 30 quilómetros.

Questionado sobre a possibilidade de a UE fornecer armas à Ucrânia, o MNE português, Rui Machete, clarificou não ter havido debate sobre essa questão na reunião.

“Sabemos que esse debate existe, mas no conselho de ministro não foi um tema abordado. Mas há argumentos contra porque isso eleva o nível do conflito, e os argumentos a favor são que dá — teoricamente — maiores possibilidades de defesa ao exército ucraniano”, adiantou aos jornalistas, no final do conselho de ministros da UE.

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