Tragédias no Mediterrânio: ONU e Amnistia Internacional acusam UE de negligência

Tragédias no Mediterrânio: ONU e Amnistia Internacional acusam UE de negligência
De  Euronews
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São milhares os que tentam a sorte, mas já são milhares os perdem a vida nestas travessias arriscadas. Depois de mais uma série de tragédias no Mar

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São milhares os que tentam a sorte, mas já são milhares os perdem a vida nestas travessias arriscadas. Depois de mais uma série de tragédias no Mar Mediterrâneo, as organizações não governamentais e as instituições internacionais voltam a apontar o dedo à União Europeia por não fazer tudo o que está a seu alcance para evitar as mortes dos imigrantes.

Vanessa Saenen, do Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas, defende que não faz muito sentido que Bruxelas diga que é difícil lidar com tantos imigrantes a tentar entrar no continente porque a nível global, 86% dos refugiados permanece nas regiões de origem, na maior parte das vezes, zonas muito pobres. No caso dos refugiados sírios, apenas 4 ou 5% chega à Europa. Países como o Líbano recebe mais refugiados que toda a União Europeia”.

A Amnistia Internacional acusa as instituições europeias de estarem a trabalhar de forma muito lenta enquanto há refugiados a morrer todos os dias no mar e exige que não se espere até maio para apresentar um programa de ação comunitário, como está previsto no calendário europeu. Iverna McGowan, representante do organismo em Bruxelas acredita que “esta agenda sobre a migração vai ser inútil, a não ser que se avance com medidas de prevenção e salvamento imediatas no Mediterrâneo. É necessário reconhecer que as políticas europeias criam o que chamamos de fortaleza europeia. O encerramento das fronteiras está a forçar os refugiados a tentar a sorte pelo mar. Por isso temos de melhorar o acolhimento de refugiados e avançar com uma reforma global da política europeia de migração”.

De acordo com a Amnistia Internacional, desde o início do ano, já morreram mais de 900 pessoas a tentar fazer a travessia do mediterrâneo. As autoridades italianas, garantem cerca de 10 mil foram resgatadas.

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