Longe de se reverem nos ideais terroristas, vários elementos da comunidade muçulmana de Bruxelas fazem questão de se demarcar e de se mostrar
Longe de se reverem nos ideais terroristas, vários elementos da comunidade muçulmana de Bruxelas fazem questão de se demarcar e de se mostrar indignados com os ataques de 22 de março na capital belga.
A religião que professam, dizem, é pacífica.
“Aqueles que fizeram isto não são muçulmanos. A religião islâmica é uma religião de paz e de amor. Não tem, por isso, nada a ver como o que aconteceu”, disse, em entrevista à Euronews, uma muçulmana.
Na mesma linha, o grande Imã da Mesquita de Bruxelas, Mohamed Galaye Ndiaye, faz questão de tornar pública a posição de repúdio face aos ataques cometidos em nome do Islão: “Não bastam condenações. É preciso avançar mais rápido. Agir. É por isso que começámos com este ato simbólico. Haverá um programa sobre radicalização, sobre fanatismo religioso neste centro islâmico.”
Os atentados, no aeroporto de Zaventem e na estação de metro de Maelbeek, provocaram a morte de 31 pessoas e fizeram 270 feridos.
À medida que prosseguem as investigações, as autoridades belgas enfrentam acusações de leniência e são apontadas por falharem em desenvolver uma rede de fontes no seio das comunidades onde os terroristas florescem.
Charles Salamé, euronews – Sexta-feira, antes da oração das 12h00, cerca de duas mil pessoas são esperadas na Grande Mesquita de Bruxelas para expressarem em conjunto a revolta contra os acontecimentos recentes na capital belga.”