Bélgica: Valónia poderá bloquear acordo UE-Canadá

Bélgica: Valónia poderá bloquear acordo UE-Canadá
Direitos de autor 
De  Isabel Marques da Silva com REUTERS
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

O parlamento regional da Valónia, região francófona no sul da Bélgica, poderá bloquear o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Canadá. Esta região está contra o acordo conhecido por CETA

PUBLICIDADE

O parlamento regional da Valónia, região francófona no sul da Bélgica, poderá bloquear o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Canadá.

Esta região está contra o acordo conhecido por CETA, sobre o qual vai pronunciar-se esta sexta-feira.

O voto acontece poucos dias antes de uma reunião dos ministros da Economia dos 28 países da União Europeia, que requer unanimidade para o acordo poder entrar em vigor.

À euronews, o presidente do parlamento regional da Valónia, Andre Antoine, disse que “o tratado serve principalmente às multinacionais. No caso de criarmos uma lei para proteger os cidadãos e melhorar suas vidas, seja nas condições sociais ou ambientais, poderemos ter de vir a indemnizar as multinacionais”.

“O governo propõe, o Parlamento dispõe e, doravante, a multinacional interpõe-se”, acrescentou.

O governo federal da Bélgica, que é a favor do CETA, só lhe pode dar luz verde se tiver o apoio dos parlamentos que representam as três comunidades linguísticas do país.

Manifestações e sondagens têm mostrado o receio de muitos cidadãos europeus em relação ao acordo, que dará poderes às multinacionais para contestar novas leis de proteção dos trabalhadores, consumidores e ambiente que possam interferir com as exportações.

Áustria, França, Hungria e Eslovénia são outros países céticos em relação ao acordo.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

EUA dizem que Biden autorizou entregas secretas de mísseis de longo alcance à Ucrânia

Primeiro-ministro espanhol equaciona demitir-se devido a investigação contra a mulher

"Inútil": Conservadores europeus recusam-se a apresentar candidato principal nas eleições de junho