Breves de Bruxelas: o que seria uma União a várias velocidades?

Breves de Bruxelas: o que seria uma União a várias velocidades?
De  Euronews
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A Europa já viveu melhores dias e os cidadãos dos cinco maiores Estados-membros confirmam-no num inquérito sobre as suas principais preocupações.

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A Europa já viveu melhores dias e os cidadãos dos cinco maiores Estados-membros confirmam-no num inquérito sobre as suas principais preocupações.

A chanceler alemã, Angela Merkel, defende “uma União Europeia com velocidades diferentes”. Para analisar esta proposta, o programa que passa em revista a atualidade europeia diária pediu a opinião de Guntram Wolff, diretor do centro de estudos Bruegel, em Bruxelas.

Efi Koutsokosta/euronews: Como poderia a Europa funcionar a várias velocidades?

Guntram Wolff/Bruegel: Penso que já há uma Europa a várias velocidades. Temos diferentes níveis de integração, sendo um dos níveis mais profundos a zona euro, com todas os assuntos financeiros e monetários associados. Depois temos uma área de menor integração, compreendida pelos países que não usam o euro e, ainda, os membros do Espaço Económico Europeu, que inclui países fora da União Europia, tal como por exemplo a Noruega, e que usufruem do mercado único tal como os Estados-membros. Portanto, já existem diferentes níveis de integração e penso que, depois de Brexit, haverá cada vez mais pessoas a pensarem que temos um continente muito grande, com muita gente, com visões historicamente diferentes e que, simplesmente, não queremos todo o mesmo nível de integração.

Efi Koutsokosta/euronews: Quem seriam os vencedores e os perdedores?

Guntram Wolff/Bruegel: Em certo sentido, todos podem ser vencedores se obtiverem aquilo que realmente desejam. Penso que seria um erro forçar os países a entrarem de repente na zona euro, mesmo que não queiram. Assim, deve-se atuar de acordo com o que as pessoas realmente querem. Nem todos querem estar na zona euro, não desejam esse nível de integração. Entre os perdedores estão as instituições europeias que têm de lidar com uma grande heterogeneidade, com grande diversidade nos níveis de integração, o que torna a governação, a gestão de todo o sistema, muito mais complicada.

O programa recorda, também, que os chefes da diplomacia da União Europeia reafirmam os seus compromissos com a Ucrânia, cuja zona leste voltou a ser palco de confrontos com os independentistas pró-russos.

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