A União Europeia considera que o Presidente Bashar al-Assad deve ser afastado da cena política na Síria. A posição foi clarificada, esta segunda-feira, numa reunião dos chefes da diplomacia europeia,
A União Europeia considera que o Presidente Bashar al-Assad deve ser afastado da cena política na Síria, embora a decisão final pertença às partes interessadas que negoceiam um acordo de paz.
A posição foi clarificada, esta segunda-feira, numa reunião dos chefes da diplomacia europeia, liderada pela Alta-Representante para a Política Externa e Segurança.
Federica Mogherini disse que “a União Europeia considera que será impossível voltar a uma situação na Síria semelhante à que se vivia há sete anos. Depois de seis anos e meio de guerra, parece ser completamente irrealista acreditar que o futuro da Síria será exatamente o mesmo que costumava ser no passado”.
Esta posição evidencia um afastamento face ao que é defendido pelos Estados Unidos, confirmado pelo representante alemão.
Sigmar Gabriel disse que “o processo político, que no final deverá conduzir à saída de Bashar Al-Assad da Presidência da Síria e implicar uma reforma eleitoral e constitucional, eleições e um processo de reconciliação dentro do país, é um processo que não deve ser posto de lado”.
“Clarifico isto para o caso de alguns argumentarem que os terroristas são um inimigo pior e que, se necessário, se deve trabalhar com Assad e seu regime, incluindo a possibilidade de ele controlar áreas que foram libertadas dos terroristas”, acrescentou o vice-chanceler e ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.
A nova administração norte-americana considera prioritário combater os extremistas islâmicos do Daesh e poderá colocar em segundo plano a mudança do regime sírio.
A clarificação da posição da União Europeia surge dois dias antes de organizar uma conferência internacional, em Bruxelas, para analisar as necessidades de ajuda humanitária ao povo sírio.