Macron poderá contar com "boa vontade" do governo alemão

Macron poderá contar com "boa vontade" do governo alemão
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De  Isabel Marques da Silva
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No dia seguinte à tomada de posse, o Presidente francês, Emmanuel Macron, visita a homóloga alemã, Angela Merkel. Para analisar o futuro da relação franco-alemã, o correspondente da euronews em Bruxel

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Para analisar o futuro da relação franco-alemã, o correspondente da euronews em Bruxelas, Rudolph Herbert, entrevistou o Diretor do Centro de Estudos de Política Europeia (CEPE), Daniel Gros.

Rudolph Herbert/euronews: Que expetativas tem sobre as relações franco-alemã?

Daniel Gros/CEPE: O governo alemão sabe que tem de mostrar boa vontade para com o novo Presidente francês, apoiá-lo ao nível interno. Além disso, o governo alemão é uma coligação e há dois protagonistas, sendo um deles mais aberto às propostas francesas do que o outro.

Rudolph Herbert/euronews: Emmanuel Macron já pediu um orçamento para a zona euro. A Alemanha será o parceiro certo?”

Daniel Gros/CEPE: Não está assim tão claro que Macron queira ter um orçamento para a zona euro ou para a União Europeia. A questão maior não se coloca tanto no que querem a França e a Alemanha, porque há outro grande país da zona euro – a Itália – que tem mais problemas orçamentais do que a França. Portanto, embora a Alemanha e a França possam conseguir chegar a acordo, têm de alguma forma de conseguir ter a Itália a bordo, o que pode ser muito difícil.

Rudolph Herbert/euronews: No que diz respeito à política de segurança, como pensa que a Alemanha e a França vão colaborar?

Daniel Gros/CEPE: A segurança é, na realidade, a área onde pode ser mais fácil obter um acordo, porque não é uma área na qual a Alemanha seja forte e a França fraca, é o contrário. A França é um pouco mais forte porque tem uma maior tradição e também porque tem armas nucleares.

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