Eurodeputados questionam Juncker sobre evasão fiscal

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De  Isabel Marques da Silva
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Jean-Claude Juncker foi dar explicações ao Parlamento Europeu, esta terça-feira, sobre elisão e evasão fiscal, sendo confrontado com o seu passado, enquanto governante do Luxemburgo, e com a atuação a

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Jean-Claude Juncker foi dar explicações ao Parlamento Europeu, esta terça-feira, sobre elisão e evasão fiscal, sendo confrontado com o seu passado, enquanto governante do Luxemburgo, e com a atuação agora, enquanto presidente da Comissão Europeia.

No que toca ao passado, o eurodeputado Fabio di Masi salientou que “Juncker era o arquiteto e o padrinho desse cartel”.

“Um exemplo disso é que, depois de ele ter tomado posse, aumentaram imenso os acordo tributários no Luxemburgo, um dos aspetos mais escandalosos da fuga de informação conhecida por LuxLeaks. Juncker costumava gabar-se, durante as campanhas eleitorais, de que era a pessoa que atraía negócios para o país devido ao ambiente fiscal favorável”, referiu o socialista alemão.

Juncker tem, por isso, o dever de lutar mais contra o fenónemo, defende a eurodeputada socialista portuguesa Ana Gomes.

“Às vezes é preciso usar um caçador furtivo para perseguir os caçadores furtivos. Juncker tem, claramente, muitas pessoas na Comissão, tais como Pierre Moscovici, empenhadas neste trabalho. E tem o apoio deste Parlamento, ou melhor, a nossa exigência, para agir nesse sentido e confrontar os Estados-membros”, afirmou a eurodeputada.

O presidente do executivo europeu disse que nunca tomou decisões sobre acordos tributários especiais no seu tempo de governante e pede para ser julgado pelo trabalho que faz, agora, nessa matéria.

“Gostaria que a minha credibilidade não fosse medida pelo que eu ou outros líderes fizeram em nome do país ou do seu governo. Gostaria que a credibilidade desta Comissão Europeia fosse medida pelo que fazemos hoje. Saliento que nunca houve uma Comissão Europeia que apresentasse tantas iniciativas em matéria de luta contra a elisão e evasão fiscal como nós fizemos: 12, no total”.

A comissão de inquérito parlamentar analisa o escândalo dos Panama Papers, que revelou como muitos ricos e poderosos esconderam fortunas em offshores.

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