Avramopoulos recusa críticas sobre política de migração da UE

Avramopoulos recusa críticas sobre política de migração da UE
De  Isabel Silva
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Na carta de convite para a última cimeira da União Europeia este ano, Donald Tusk defende uma reforma da política de migração e fez uma observação ousada.

O presidente do Conselho Europeu disse que “a questão das quotas obrigatórias provou ser altamente divisiva … neste sentido, acabou por ser ineficaz”.

“É inaceitável aquilo que o presidente do Conselho Europeu propôs”, reagiu o comissário europeu para a Migração, Dimitris Avramopoulos, em declarações à euronews.

Migration Commissioner Avramopoulus: paper prepared by Donald Tusk about ending mandatory quota system is unacceptable and non-european. pic.twitter.com/ss1oGEBkNw

— Sándor Zsíros (@EuroSandor) December 12, 2017

“Receio que seja uma posição que causa maior divisão, quando o papel do presidente do Conselho Europeu é forjar a unidade entre os Estados-membros. Penso que, desta forma, Donald Tusk não está a servir a causa da unidade”, acrescentou.

O sistema de recolocação de requerentes de asilo por quotas, na União Europeia, terminou a 26 de setembro passado, longe de atingir os seus objetivos.

Em dois anos, apenas 18 por cento das 160 mil pessoas elegíveis foram transportadas da Grécia e da Itália, onde chegaram em busca de proteção, para outros Estados-membros.

No que se refere ao relatório da Amnistia Internacional que acusa, esta terça-feira, a União Europeia de cumplicidade nos abusos contra migrantes e refugiados detidos na Líbia, o comissário europeu atribui as culpas ao caos político naquele país.

“O governo legítimo não tem poder sobre todo o territorio, pelo que a Líbia é um corredor aberto, diria mesmo que é um paraíso, para os traficantes operarem, mas dizer que a culpa é da União Europeia não é justo”, argumentou.

#EU governments complicit in migrant torture in #Libya, says Amnesty #MigrationEUhttps://t.co/vZBJXnvVai

— Amnesty EU (@AmnestyEU) December 12, 2017

O relatório daquela ONG diz que a Líbia usa recursos financeiros e logísticos doados pela União Europeia para práticas que violam os direitos dos migrantes e refugiados, havendo membros das autoridades a atuar em conluio com os traficantes.

A AI considera que os governos da União são conscientemente “cúmplices na tortura e abuso de dezenas de milhares de refugiados e migrantes detidos pelas autoridades líbias de imigração em condições chocantes”.

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