UE dividida entre energia renovável e fóssil

UE dividida entre energia renovável e fóssil
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De  Isabel Silva
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Os ambientalistas avisam que a União Europeia vai falhar os compromissos para travar as alterações climáticas se os governos não optarem já por um modelo que dá preferência à energia de fontes renováveis em vez dos combustíveis fósseis.

Antes do início da reunião dos ministros da Energia e Ambiente, segunda-feira, em Bruxelas, Tara Conolly, da Greenpeace, explicou que “muitas empresas de energia na Europa sabem que, no fundo, terão que mudar para as renováveis e admitem fazê-lo, mas não tão cedo”.

“Alguns poderão aceitar essa transição daqui a 30 ou 40 anos. Penso que é isso que está a travar muitos ministros da Energia da União Europeia”, acrescentou a ambientalista.

⬅??➡At the Energy Crossroads – choose well, EU: Fossil fuels or people-powered renewables? #CleanEnergyEUpic.twitter.com/e3YbvOcGQf

— Friends of the Earth (@foeeurope) December 18, 2017

A Espanha, o Reino Unido e os países do leste querem uma transição mais lenta, enquanto que a Alemanha, a França e os países nórdicos são mais progressistas sobre o pacote de medidas até 2030, proposto pela Comissão Europeia.

“O importante é estabelecer três etapas-chave para para alcançar os objetivos e é isso que defendemos”, referiu Brune Poirson, secretária de Estado francesa, à chegada para a reunião.

“Da mesma forma, no que diz respeito aos apoios do Estado, não queremos que os contribuintes europeus estejam a financiar, indiretamente, centrais energéticas que estão emitir muito CO2”, acrescentou a governante.

EU ministers are discussing the #CleanEnergyEU package today #TTE#energy:
- governance of the #EnergyUnion
- #renewables
- #electricityhttps://t.co/slTsEG0eVV

— EU Council (@EUCouncil) December 18, 2017

A posição do Conselho será depois debatida com o Parlamento Europeu, que quer um avanço mais rápido para fontes renováveis e que vai debater o tema na sessão plenária de janeiro.

Em novembro, os eurodeputados apoiaram o aumento do objetivo das energias renováveis para 35%, mas também foram criticados pelos ambientalistas por não conseguirem que as metas sejam vinculativas a nível de cada Estado-membro, em vez de serem apenas a nível da União como um todo.

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