Indústria automóvel frusta combate à poluição do ar

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Direitos de autor  REUTERS/Hannibal Hanschke
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De  Isabel Marques da Silva
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Indústria automóvel frusta combate à poluição do ar

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A falta de vontade política para impor uma mobilidade mais sustentável prejudica os esforços para reduzira poluição do ar, que causa várias doenças, incluindo danos à capacidade do cérebro humano, segundo um estudo recente de investigadores chineses e norte-americanos.

O estudo do PNAS incidiu sobre 20 mil residentes na China, ao longo de quatro anos (2010-2014), com recurso a testes de matemática e de linguagem, cruzados com dados geográficos para aferir com maior precisão a qualidade do ar.

Nicola da Schio, perito em desenvolvimento urbano na universidade VUB, em Bruxelas, realça a complacência com a indústria automóvel europeia: "Muitas vezes, os governos ajudam a indústria automóvel. Descobrimos o caso Diselgate e continuamos a descobrir que essa indústria nos mente há décadas. Penso que a indústria automóvel está entre os principais agentes que nos impedem de resolver o problema".

Em maio, a Comissão Europeia propôs medidas para melhorar os padrões de qualidade do ar, nomeadamente a redução das emissões de grandes fontes de poluição: automóveis, navios, centrais de energia e indústria.

Mas também aplicou medidas contra sete Estados-membros: França, Alemanha, Hungria, Itália, Roménia, Reino Unido e Luxemburgo.

Alguns receberam apenas cartas de notificação, mas outros foram remetidos para o Tribunal de Justiça da União Europeia. Em causa está o desrespeito dos valores-limite de qualidade do ar e das regras de homologação de veículos.

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