Tusk pede a eurodeputados para não "traírem" britânicos anti-Brexit

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Presidente do Conselho Europeu apelou aos eurodeputados em Estrasburgo para não "traírem" os britânicos que querem ficar na UE, simplesmente para evitar participação do Reino Unido nas eleições europeias

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Em Estrasburgo, Donald Tusk apelou aos eurodeputados para não "traírem" os britânicos que querem manter-se na União Europeia, recusando a participação do Reino Unido nas eleições europeias previstas para o fim de maio.

O presidente do Conselho Europeu afirmou que é preciso "estar aberto a um alargamento do prazo, se o Reino Unido deseja repensar a estratégia sobre o Brexit".

Tusk disse que "não se pode trair seis milhões de pessoas que assinaram a petição para revogar o artigo 50, nem um milhão que desfilou por um novo referendo, nem a crescente maioria de pessoas que pretendem ficar na União Europeia. Podem sentir que não são adequadamente representadas pelo Parlamento britânico, mas devem sentir que são representadas [no parlamento de Estrasburgo], porque são europeias".

A revogação do artigo 50 e a manutenção do Reino Unido no bloco comunitário é vigorosamente defendida pelo coordenador para o Brexit no Parlamento Europeu.

Guy Verhofstadt sublinhou que a sua "opinião é de que, não agora, mas dentro de algumas gerações, haverá um regresso do Reino Unido à família das nações europeias, pois é esse o seu lugar, dentro da União Europeia e não no exterior".

Uma opção impensável para os defensores do Brexit em Estrasburgo, para os quais nem sequer deveria haver um atraso na saída do Reino Unido, mesmo que isso implique uma falta de acordo.

O eurodeputado britânico Nigel Farage respondeu a Tusk afirmando que "o Brexit vai acontecer de qualquer forma" e que se o presidente do Conselho Europeu "pensa que os britânicos mudaram de ideias, está iludido".

Na semana passada, os 27 deixaram a escolha nas mãos de Londres: ou o acordo é aprovado em Westminster e o Brexit adiado até 22 de maio, ou é rejeitado e o governo britânico tem até 12 de abril para apresentar uma alternativa e pedir um novo adiamento, o que implicaria a participação do Reino Unido nas eleições europeias.

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