"Breves de Bruxelas": Espanhóis eleitos sem acreditação no PE

"Breves de Bruxelas": Espanhóis eleitos sem acreditação no PE
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De  Isabel Marques da SilvaAna LAZARO
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"Breves de Bruxelas": Espanhóis eleitos sem acreditação no PE

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O ex-presidente do governo da Catalunha, Carles Puigdemont, exilado na Bélgica, consegue passear pelos corredores do Parlamento Europeu, em Bruxelas, mas apenas como convidado de eurodeputados.

Apesar de Puigdemont ter sido eleito para a próxima legislatura nesta câmara, não obteve um documento de acreditação temporário, como é habitual, porque eurodeputados espanhóis de vários partidos fizeram pressão nesse sentido.

"Um criminoso, um fugitivo que é procurado pela justiça espanhola não tem o direito de ocupar qualquer cargo público, em qualquer instituição da União Europeia da qual Espanha seja membro", disse Carlos Iturgaiz, eurodeputado espanhol do centro-direita.

O presidente do Parlamento Europeu aceitou o pedido, mas para evitar acusações de discriminação, Antonio Tajani suspendeu a acreditação temporária para todos os eleitos espanhóis, até receber uma lista oficial das autoridades de Madrid.

A medida levantou uma certa controvérsia, com três dos 14 vice-presidentes do Parlamento Europeu a pedirem mais explicações durante a próxima reunião da mesa.

O respeito pela vontado dos eleitores?

De visita a Bruxelas, o chefe da diplomacia do governo regional da Catalunha, Alfred Bosch, disse que o Parlamento Europeu deve parar de criar obstáculos burocráticos e provar que respeita a vontade dos cidadãos expressa nas urnas.

"Receber credenciais é uma formalidade, a essência da questão é que estes eleitos para o Parlamento Europeu receberam 1,7 milhões de votos. Pensamos que a decisão dos eleitores deve ser primordial, porque os eleitores têm direito de serem representados por aqueles que elegeram, algo que deve ser respeitado pelo Parlamento Europeu ", disse Alfred Bosch.

O regresso a Espanha implicaria a imediata detenção de Carles Puigdemont e de Toni Comin, também eleito e exilado na Bélgica, desde 2017. O caso afeta, ainda, outros dois independentistas catalães que estão em Espanha, um deles na lista de espera até ao Brexit.

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