Macron irritado com "fracasso que dá má imagem" à Europa

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De  Isabel Marques da SilvaAndreas Rogal
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Cansados e frustrados, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão fazer uma pausa, até terça-feira de manhã, na batalha, em Bruxelas, para chegar a consenso sobre os nomes dos futuros líderes das instituições comunitárias.

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Cansados e frustrados, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia vão fazer uma pausa, até terça-feira de manhã, na batalha, em Bruxelas, para chegar a consenso sobre os nomes dos futuros líderes das instituições comunitárias.

A terceira tentativa, iniciada no domingo ao final do dia, foi suspensa ao final da manhã de segunda-feira, e o primeiro-ministro do Luxemburgo, Xavier Bettel, considerou a pausa estratégica: "Eu não dormi de todo. Amanhã vamos retomar porque hoje não íamos chegar a acordo. É uma decisão muito importante escolher os líderes dos cargos de topo".

Regressados da cimeira G20 no Japão, os líderes da França e da Alemanha, entre outros, tinham chegado a acordo para dar a presidência não ao PPE, que ganhou as eleições europeias, mas ao candidato principal dos socialistas, o holandês Frans Timmermans.

Macron irritado com "fracasso que dá má imagem"

Mas a oposição foi muito forte por parte de países ultraconservadores e poderosos como a Itália e a Polónia, o que irritou muito o Presidente francês, Emmanuel Macron.

"Terminamos por hoje com um verdadeiro fracasso. Não foi possível ter resultados e penso que é uma imagem muito negativa que damos do Conselho Europeu e da Europa. Ninguém pode estar satisfeito com o que não se alcançou ao fim de tantas horas", disse aos jornalistas.

Em causa está compatibilizar critérios políticos, geográficos, demográficos e de paridade homem-mulher. A decisão pode ser tomada por maioria qualificada: pelo menos 21 dos 28 países, representando pelo menos 65% da população da União. Ma o ideal seria a unanimidade, disse a chanceler da Alemanha, Angela Merkel.

"Há que questionar se, numa Europa com 440 milhões de pessoas, queremos efetivamente alienar 100 milhões deles, mesmo que tal seja, legalmente, possível. É melhor gastar mais um pouco mais de tempo e tentar chegar a acordo entre os vários países", referiu em conferência de imprensa.

Os cargos em causa são: presidente da Comissão Europeia, presidente do Parlamento Europeu, presidente do Conselho Europeu, Alto Representante para a Política Externa e Segurança, presidente do Banco Central Europeu.

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