"Breves de Bruxelas": Liderança feminina avança na UE

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De  Isabel Marques da Silva
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A alemã Ursula von der Leyen é a primeira mulher a ser nomeada para presidente da Comissão Europeia. Face ao aumento de 36 por cento para 40 por cento de mulheres no Parlamento Europeu, a paridade homem-mulher parece avançar nas instituições da União Europeia.

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A pasta da Defesa não é a mais comum para ministras mas é a que ocupa Ursula von der Leyen na Alemanha. Mas realmente inédito é o facto de ser a primeira mulher nomeada para presidente da Comissão Europeia.

A francesa Christine Lagarde poderá, por seu lado, tornar-se a primeira mulher a dirigir o Banco Central Europeu.

Face ao aumento de 36 por cento para 40 por cento de mulheres no Parlamento Europeu, a paridade homem-mulher parece avançar nas instituições da União Europeia.

"Penso que a paridade é importante, mas o mais importante é que sejam pessoas inteligentes e carismáticas", disse Aušra Maldeikienė, eurodeputada lituana de centro-direita.

A chanceler alemã, Angela Merkel, tem sido, indiscutivelmente, a principal figura política na Europa desde 2005.

O Reino Unido tem dado bom exemplo, por contar já com duas chefes de governo na sua história moderna.

Contudo, apenas cinco dos 28 países da União Europeia são liderados por mulheres. Apesar do esforço do Conselho Europeu para aumentar a liderança feminina, há outros equilíbrios que não têm sido cumpridos, apesar do previsto no Tratado da União Europeia.

"Desta vez, não temos problemas com o equilíbrio entre os sexos, mas temos problemas com o equilíbrio geográfico. Não há ninguém da Europa de leste e isso é triste", afirmou Yana Toom, eurodeputada estónia liberal.

O Lóbi Europeu das Mulheres diz que as propostas do Conselho Europeu são há muito devidas em pleno século XXI. Outra etapa importante, dizem, é que Ursula von der Leyen consiga ter a paridade entre os restantes 27 membros da Comissão Europeia, que são indicados por cada um dos Estados-membros.

Atualmente, apenas nove dos 28 comissários europeus são mulheres. Sete dos comissários têm, ainda, o título de vice-presidentes, mas há apenas uma mulher entre eles: Federica Mogherini, chefe da diplomacia.

Este é o tema de abertura do programa "Breves de Bruxelas", que passa em revista a atualidade europeia diária. Em destaque estão, também, as seguintes notícias:

  • O presidente francês, Emmanuel Macron, considera positivo que União Europeia e Mercosul tenham terminado as negociações do acordo de livre comércio. Apesar da resistência que existe em França, nomeadamente por parte do setor agrícola, Macron diz que é um passo certo na direção de acordos mais justos e na luta contra o protecionismo.
  • A Tesco alertou para as sérias consequências de um Brexit sem acordo a 31 de outubro. Aquela que é uma das maiores cadeias de retalho britânicas alega que poderá haver rutura de produtos durante o Natal, devido `a uma diminuição na capacidade de armazenar produtos importados.
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