UE debate ameaças híbridas à segurança

UE debate ameaças híbridas à segurança
De  Isabel Marques da SilvaAndrei Beketov
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UE debate ameaças híbridas à segurança

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As ameaças híbridas à segurança interna da União Europeia domina a agenda dos ministros da Defesa numa reunião informal, em Helsínquia (Finlândia), quarta e quinta-feira, presidida pela chefe da diplomacia comunitária, Federica Mogherini.

Estas ameaças vão desde os ataques através Internet contra infraestruturas, ao uso de armas químicas, aos atos terroristas, à disseminação de notícias falsas, entre muitas outras táticas.

A União Europeia está vulnerável à guerrilha moderna levada a cabo por agentes governamentais e privados e o executivo comunitário alerta para a necessidade de maior investimento por parte dos Estados-membros nos esforços que vem desenvolvendo desde 2015.

"Parte do trabalho que está a ser realizado visa aumentar a consciencialização de que estas ameaças existem e de que precisamos de melhorar a resiliência para lhes responder, mesmo nas circunstâncias mais difíceis. Temos de saber reagir quando for preciso", explicou Maja Kocijancic, porta-voz da Comissão Europeia, em entrevista à euronews.

**O caso da Crimeia **

A anexação do território ucraniano da Crimeia, pela Rússia, em 2014, é classificada por especialistas como um exemplo de ameaças híbridas, sendo a infiltração de soldados sem insígnias um exemplo das novas táticas.

"Muitos europeus não temem tanto uma cópia desta operação na Crimeia, mas temem o uso de outras atividades dissimuladas. Por exemplo, empresas privadas compraram propriedades na Finlândia e os serviços secretos descobriram que tinham ligações ao Kremlin" afirmou Gustav Gressel, analista político do Conselho Europeu de Relações Exteriores, em entrevista à euronews.

O especialista em segurança interna chama a atenção para as vulnerabilidades do bloco europeu: "Existe um mercado único, existe a área de livre circulação de Schengen. Logo, muitas autorizações concedidas a empresas são válidas não apenas para um país. Basicamente, são criadas empresas legítimas, ou instituições financeiras, que têm capacidade para atuar por toda a União Europeia", acrescentou.

Os especialistas dizem que é necessária uma melhor coordenação entre os Estados-membros, por forma a aumentar a vigilância e a capacidade de entreajuda.

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