Festival de BD junta ativismo e direitos das mulheres

Festival de BD junta ativismo e direitos das mulheres
De  Joao Duarte Ferreira
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O festival de BD de Bruxelas escolheu os temas do ativismo e da luta contra a violência

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O festival da banda desenhada é uma instituição em Bruxelas. O evento é a ocasião ideal para revelar novos talentos ou vocações. Mas atrás dos personagens muitas vezes esconde-se uma mensagem mais profunda. 

Nesta décima edição do evento, os organizadores optaram por evocar os direitos das mulheres e a luta contra a violência como os temas em destaque. 

Aude Mermilliod é desenhadora. No seu mais recente álbum, relata a experiência do aborto. papa ela, a banda desenhada é um meio ideal para abordar este tipo de questões.

"É um excelente meio para fazer passar ideias de sociologia e ativismo porque permite uma enorme variedade de possibilidades gráficas para ilustrar as ideias ou imagens por vezes um pouco abstratas. Sim, funciona muito bem e cada vez há mais. Trata de temas relacionados com o corpo ou temas relacionados com a família, ou mesmo temas que abordam a história do ativismo, é algo que se encontra em expansão", afirma Aude Mermilliod, autora da obra "Il fallait que je vous le dise".

A nova geração de artistas gosta de ver o público a debater estes temas. Juliette Boutant é uma das autoras de uma banda desenhada que aborda a questão do assédio sexual. Aqui, os assediadores são representados como crocodilos. Ela diz que há cada vez mais homens a lerem os seus livros.

"Temos cerca de 40% de leitores que são homens e isso é bom. Isso permite às mulheres tomarem a iniciativa, criando visibilidade. Mas isso permite, espero eu, aos homens que nos lêem de questionarem os seus comportamentos", diz Juliette Boutant, co-autora de "Les crocodiles" vol. 2.

Uma tendência que de resto se vê refletida no público presente no debate. Foi perante uma audiência mista que as autoras partilharam ambições, conquistas e esperanças.

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