Parlamento Europeu quer neutralidade carbónica até 2050

Parlamento Europeu quer neutralidade carbónica até 2050
De  Joao Duarte Ferreira
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A agricultura europeia enfrenta riscos acrescidos devido aos efeitos das alterações climáticas

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Os números são alarmantes para o futuro da agricultura.

A agência europeia do ambiente afirma que as alterações climáticas vão levar a reduções na produção ou mesmo ao abnadono de várias culturas.

Segundo as projeções, culturas como trigo, milho e beterraba poderão sofrer reduções até 50% até ao ano 2050.

Uma das regiões mais em risco é o sul da Europa.

Se as previsões são partilhadas por todos, as respostas variam.

"Utilizar menos combustível por exemplo, nova maquinaria mais eficiente, mas é também importante falarmos sobre novas tecnologias de reprodução", adianta Thomas Magnusson,  presidente da COGECA, (representante das cooperativas agrícolas europeias).

Menores rendimentos, custos de produção mais elevados, impacto na qualidade dos produtos, caberá aos produtores adaptarem-se às novas condições.

Para as ONG defensoras do ambiente, a chave está na mudança da Política Agrícola Comum de forma a privilegiar a diversificação de culturas.

"Até agora, a política era ajudar os agricultores a tornarem-se cada vez maiores, mais industrializados. Isso levou à criação de monoculturas. Quando essas culturas são afetadas por seca ou algum choque climático, todo o sistema falha", defende Marco Contiero, consultor para a política agrícola para a Greenpeace Europa.

Na União Europeia, a agricultura representa 10% das emissões de gás com efeito de estufa.
Os profissionais, contudo, asseguram que o setor pode tornar-se neutro em carbono até 2050.

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