Bruxelas sem carros envia alertas para a ONU e para Von der Leyen

Fim de semana de manifestações pelo clima termina com Domingo sem carros em Bruxelas
Fim de semana de manifestações pelo clima termina com Domingo sem carros em Bruxelas Direitos de autor REUTERS/Yves Herman
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Promotores do evento esperam posição forte dos líderes europeus na cimeira das Nações Unidas

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Bruxelas voltou este domingo a ser uma cidade livre de motores e a qualidade do ar melhorou em 70% durante este último dia de mais uma semana da mobilidade na capital belga.

Descrito pelos organizadores como o maior evento sem carros da Europa, a edição deste ano do "Domingo Sem Carros" na capital em Bruxelas aproveitou a oportunidade para enviar uma mensagem ecológica para o outro lado do Atlântico, onde esta segunda-feira o Secretário-geral António Guterres é o anfitrião da Cimeira da Ação pelo Clima das Nações Unidas (ONU).

"Pretendemos enviar uma mensagem desde Bruxelas, a capital da União Europeia, e esperamos sinceramente que os líderes políticos europeus se apresentem em Nova Iorque com uma mensagem forte e com ambição para sermos um exemplo para o resto do mundo", explicou Larry Moffet, da delegação belga do movimento ecologista "Rise for Climate".

Este dia sem carros, celebrado em mais de três mil cidades, aconteceu também a pouco mais de um mês da tomada de posse da nova comissão europeia liderada por Ursula von der Leyen.

Os promotores desta manifestação por uma mobilidade mais amiga do ambiente em Bruxelas deixaram também um aviso à alemã através do movimento "Dear Ursula".

Larry Moffet disse à Euronews ter visto "algumas promessas vagas de ser feito mais pelo clima" e lembrou as referências de Von der Leyen a "um Acordo Verde para a Europa". "Nós queremos mais que isso. Queremos garantias em pontos especificos", sublinhou o ativista.

Entre os presentes nesta manifestação ambiental em Bruxelas, Lena, também uma ativista, considerou "um sinal positivo" as palavras de Ursula von der Leyen "sobre o novo Acordo Verde e o que pretende executar". "Das das bases para o topo, enquanto cidadãos, temos de garantir que ela cumpre as promessas que tem vindo a fazer", sublinhou.

Na comunidade científicamais preocupada com as alterações climáticas, há esperança na capacidade de pressão destes movimentos civis.

"Estes movimentos das bases estão a ganhar força, mas os grandes produtores de emissões que alteram o clima estão no topo e nós precisamos mesmo de parar estas empresas e estes governos poluidores o máximo que pudermos. Isso não vai acontecer apenas com estes pequenos movimentos das bases. Tem de vir de cima", defendeu a cientista Noel Baker, em declarações à Euronews.

De Bruxelas para Nova Iorque, os "gases" pairam agora sobre os líderes mundiais reunidos esta semana nas Nações Unidas.

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