Síria: Eurodeputados criticam inação da UE na crise

Síria: Eurodeputados criticam inação da UE na crise
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De  Isabel Marques da SilvaJoanna Gill
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Os eurodeputados de todos os grupos políticos pediram aos governos da União Europeia para reforçarem as sanções contra a Turquia devido àa campanha militar no noroeste da Síria, iniciada há duas semanas.

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Os eurodeputados de todos os grupos políticos pediram, quarta-feira, aos governos da União Europeia para reforçarem as sanções contra a Turquia devido à campanha militar no noroeste da Síria, iniciada há duas semanas.

"Dois idosos de cabelos grisalhos reuniram-se em Moscovo e decidiram partilhar entre si uma região porque os europeus falharam, porque as nossas instituições falharam.Onde estão as medidas abrangentes para o embargo de armas? Onde estão as sanções de que tanto se fala?", questionou Sergey Lagodinsky, eurodeputado alemão ecologista, durante um debate na sessão plenária, em Estrasburgo.

"Presumir que os norte-americanos estariam dispostos a gastar dinheiro e a sacrificar as suas tropas por toda a parte revela uma enorme falta de realismo, algo que vemos constantemente acontecer na Europa e que não tem futuro", afirmou Hermann Tertsch, eurodeputado espanhol de extrema-direita.

Civis em fuga, incluindo europeus ligados ao Daesh

Entre as vítimas da ação militar turca estão os civis, incluindo cidadãos com nacionalidades de países europeus que vivem em campos de refugiados destinados aos ex-combatentes do Daesh.

"Cerca de sete mil crianças, filhas de combatentes do Daesh, vivem em campos no norte da Síria. Entre elas, cerca de 700 são cidadãs de países da União Europeia. Muitas foram obrigadas a fugir dos ataques e desconhece-se para onde foram. Não podemos abandonar essas crianças", afirmou Irina Von Weise, eurodeputada liberal britânica.

O documentário "As crianças europeias do Daesh", realizado pela jornalista da euronews Annelise Borges, foi exibido em Estrasburgo, numa sessão de debate com alguns eurodeputados.

Os governos da Bélgica, Reino Unido, França e Alemanha estão envolvidos em negociações para o repatriamento de crianças, mas esses esforços políticos são demasiado lentos face à realidade no terreno, segundo uma eurodeputada.

“A situação ficou muito mais difícil face a alguns meses. Pesno que chegou o momento de falar sobre um corredor humanitário para ajudar a resgatar as pessoas mais necessitadas. Devemos procurar as crianças e trazê-las de volta, em segurança", referiu Hilde Vautmans, eurodeputada liberal belga.

As agências das Nações Unidas alertam para o agravamento da situação humanitária, com centenas de milhares de pessoas a deslocarem-se para outros locais em busca de segurança.

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