O edifício Berlaymont, sede da Comissão da União Europeia, em Bruxelas, talvez não seja tão icónico e conhecido com muitas residênciais oficiais de líderes políticos, mas a futura presidente, Ursula von der Leyen, quer poder lá dormir.
O número 10 de Dowing Street, em Londres; a Casa Branca, em Washington; o Kremlin, em Moscovo; o Palácio Eliseu, em Paris, são residências icónicas de alguns dos mais importantes líderes políticos.
O edifício Berlaymont, sede da Comissão da União Europeia, em Bruxelas, talvez não seja tão icónico e conhecido, mas a futura presidente, Ursula von der Leyen, quer poder lá dormir.
Por isso , está a ser criado, ao lado de seu escritório, um pequeno estúdio, à semelhança de uma suíte de hotel.
O comissário europeu para o Orçamento, Gunther Othinger, disse fazer esta obra não é nada de extraordinário.
"Penso que nunca houve uma reflexão sobre a necessidade de criar uma residência para o presidente. A Comissão foi aumentando o seu papel e fomos tomando decisões ao longo do tempo. Há muitos argumentos a favor da nova presidente poder passar aqui a noite, nomeadamente ao nível da segurança", disse aos jornalistas, em conferência de imprensa.
Mau exemplo, dizem sindicatos
Mas um princípio fundamental da União Europeia é proteger os direitos dos trabalhadores e há sindicatos preocupados com o exemplo dado por Ursula von der Leyen.
"O trabalhador não deve estar no escritório de manhã à noite, disponível para atender o telefone de dia e de noite. Portanto, é muito preocupante esta a mensagem da presidente de que estará, constantemente, disponível. Ela tem sido um ótimo exemplo como mulher e mãe que tem uma boa carreira, mas ninguém precisa de viver no trabalho para ter sucesso na carreira", afirmou Esther Lynch, secretária-geral-adjunta da Confederação Europeia de Sindicatos.
Ursula von der Leyen quer fazer de Berlaymont o seu lar nos cinco dias úteis da semana e passar os dias de descanso na casa da sua família, em Hanôver (Alemanha).