Pacto Ecológico Europeu em destaque na cimeira da UE

Pacto Ecológico Europeu em destaque na cimeira da UE
Direitos de autor 
De  Isabel Marques da Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O Pacto Ecológico Europeu será um dos temas na agenda da cimeira da União Europeia, quinta e sexta-feira, em Bruxelas, e as divisões entre os Estados-mmebros poderão tonar difícil um consenso antes do final do ano.

PUBLICIDADE

Numa área de em Bruxelas habitualmente alvo de um grande dispositivo de segurança em dias de cimeira da União Europeia, cerca de 30 ativistas do Greenpeace conseguiram escalar o Edifício Europa, sede do conselho europeu.

A organização ambientalista quis chamar a atenção para a emergência climática poucas horas antes do início da reunião, esta quinta-feira, dos líderes da União, na qual o Pacto Ecológico Europeu será um dos temas na agenda.

Ativistas de outras organizações não governamentais também se manifestaram, nomeadamente para exigir a preservação dos ecossistemas dos oceanos.

"Estamos satisfeitos que o Pacto Ecológico Europeu tenha assumido compromissos ambiciosos, mas precisamos de garantir que os oceanos estarão no centro do Pacto porque os oceanos são a base de toda a vida no planeta", disse Rebecca Hubbard, ativista da organização "O Nosso Peixe".

O novo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, está determinado a chegar a conclusões numa cimeira complexa face à divisão dos Estados-membros em várias matérias.

"A neutralidade carbónica é um objetivo muito importante e um sinal do que queremos para o futuro da Europa. Tal implicará um considerável investimento em investigação e inovação, em projectos decisivos para o futuro da Europa", referiu Charles Michel.

Países de Leste podem dificultar consenso

A Hungria, a Polónia e República Checa estão de acordo com ambição nesta matéria, mas consideram que tem de haver claros compromissos com o financiamento através dos fundos europeus e que a energia nuclear não deve ser abandonada.

"Se queremos alcançar a neutralidade nas emissões de CO2 temos de comprender que cada Estado- membro tem um mix específico de fontes energéticas e que atingir essa neutralidade terá custos diferentes. No caso da República Checa, será de 30 a 40 mil milhões de euros", explicou Andrej Babiš, primeiro-ministro da República Checa.

Mas como na agenda está, também, a difícil discussão do orçamento plurianual da Uniao Europeia para 2021-2027, um grupo de agricultores da região do Báltico veio manifestar-se contra cortes nos fundos comunitarios nesse setor. 

O governo de Portugal tem sido um dos mais críticos de redução dessas e das verbas da coesão destinadas a desenvolver as regiões mais pobres da União.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

O plano da Comissão Europeia para substituir o gás russo

Cimeira UE: Polónia atrasa consenso na neutralidade carbónica

Ação climática gera angústia nos produtores agrícolas irlandeses