O primeiro-ministro Joseph Muscat afirma que só se afastará do cargo no final de janeiro
Entre os eurodeputados é habitual reinar a discórdia mas esta terça-feira o Parlamento Europeu falou a uma só voz para apelar à demissão do primeiro-ministro de Malta.
"Primeiro-ministro Muscat, se o seu governo está envolvido num assassinato, que mais nos resta saber? Deve demitir-se", apelou Esteban Gonzalez Pons, eurodeputadoespanhol do PPE.
Joseph Muscat, que chegou ao poder em 2013, aos 39 anos de idade, disse que só abandonaria o cargo no final de janeiro. Mas a população não concorda. Muitos desconfiam de ligações entre o Primeiro-ministro e a jornalista assassinada, Daphne Caruana-Galizia.
"Queremos que o mundo saiba que não somos iguais a Joseph Muscat e aos criminosos que ele emprega. Quando o mundo olha para Malta deve ver o nosso rosto, as pessoas a mostrarem o seu descontentamento", afirma Roberta Metsola, eurodeputada maltesa do PPE.
O primeiro-ministro esteve ausente do parlamento europeu mas os membros do seu partido, o Partido Trabalhista, prometeram levar as mensagens e implementar reformas na área do estado de direito.
"Estou aqui para falar em nome de um país que escutou, que está aberto a recomendações e mudanças e, sim, para responder a todos os que acham conveniente prejudicar Malta e os malteses neste momento", afirma Miriam Dalli, eurodeputada maltesa dos Socialistas e Democratas.
Esta quarta-feira os eurodeputados votam uma resolução na qual pedem à Comissão Europeia para iniciar um diálogo sobre estado de direito com o governo maltês.