"Breves de Bruxelas": Banda grava disco em película de Raio-X

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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
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A banda Dez Mona escolheu a Casa da História Europeia, em Bruxelas, para gravar o áudio de um concerto em películas de Raio-X. É uma técnica que foi usada nos países da ex-União Soviética para piratear músicas proibidas.

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A banda Dez Mona escolheu a Casa da História Europeia, em Bruxelas, para gravar o áudio de um concerto em películas de Raio-X. É uma técnica que foi usada nos países da ex-União Soviética para piratear músicas proibidas.

"Eles trabalhavam em segredo para copiar músicas proibidas de jazz, rock and roll e música russa. Faziam os seus próprios discos em películas de Raio-X, que depois distribuíam, vendiam e partilhavam", explicou o músico e divulgador Stephen Coates.

À falta do comercial vinil, as películas de Raio-X eram um material barato e acessível, nos anos 60, para os piratas.

A qualidade podia não ser a melhor, mas o objetivo era ultrapassar as limitações do controlo político a obras criativas.

Bastava cerca de um quarto do preço de uma garrafa de vodka para comprar estes discos que tinham, apenas, cerca de três minutos de música gravada.

Um pirata apanhado a fazer este tipo de contrafação era preso e, mesmo, eviado para campos de trabalho forçado.

"Esta história é desconhecida na Rússia da atualidade. Seguramente, as pessoas mais velhas ainda se lembram, mas ao nível da cena cultural mais alargada, é algo que foi esquecido", afirmou Stephen Coates.

O músico iniciou, há seis anos, um projeto de divulgação desta técnica depois de ter encontrado um registo num mercado de rua, em Moscovo (Rússia).

E já passou o interesse a outros entusiastas, tais como Gregory Frateur ,vocalista do Dez Mona: "É claro que não tem a qualidade a que estamos habituados em termos de gravação de música, mas eu queria soar como uma velha senhora e gostei do resultado!".

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