OIT pede medidas concertadas para travar desemprego

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De  Isabel Marques da SilvaSandor Zsiros
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Face à imprevisibilidade da evolução da pandemia, ainda é difícil antever o impacto no mercado laboral da União Europeia, cerca de uma década depois da crise financeira global.

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A Europa tenta preparar-se para uma crise económica sem precedentes devido à pandemia Covid-19.

Face à imprevisibilidade da evolução da pandemia, ainda é difícil antever o impacto no mercado laboral da União Europeia, cerca de uma década depois da crise financeira global.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que se possam perder 25 milhões de postos de trabalho, em todo o mundo, e defende maior cooperação internacional.

'"Estamos a ver muitos governos, incluindo europeus, a levarem a cabo grandes esforços a nível orçamental e monetário para manterem as economias a funcionar, para manterem os postos de trabalho e o rendimento. Isso é tudo muito bom. Sabemos que o exemplo da crise de 2008 é muito instrutivo. Quando os governos trabalham em conjunto, em vez de ser cada um por si, o impacto das medidas é muito melhor. Obviamente, os trabalhadores independentes e autónomos precisam de apoio porque não podem esperar ajuda por patte de um empregador", disse Guy Ryder, director-geral da OIT.

Os setores mais atingidos, tais como turismo, hotelaria, transportes e retalho já estão a despedir pessoas. Os setores industrial e da construção civil estão à espera para tomar decisões.

Alguns governos também pensam em programas de ajuda para os trabalhadores independentes e tarefeiros que têm menos apoios da seguranca social.

Conformo a sua capacidade económica, cada país define medidas concretas e conta com os apoios das instituições europeias em termos de verbas frescas e maior flexibilidade em relação ao défice e à dívida.

Obrigações corona

O grupo socialistas e democratas no Parlamento Europeu propôs que a UE introduzisse as chamadas obrigações corona, para criar um fundo financeiro comum para combater os efeitos da crise.

"Sugerimos que a Comissão Europeia, o Conselho Europeu e o Banco Central Europeu criassem as  obrigações corona. Aprendemos com a crise de 2008 que as medidas de austeridade não são as que devemos usar numa crise como esta. Aquilo de que precisamos agora é de maior liquidez, mais dinheiro e mais possibilidades para manter a economia ä funcionar e as pessoas vivas", afirmou Klára Dobrev, eurodeputada socialista húngara.

Uma sugestão que será debatida pelos ministros das Finanças da UE, mas alguns países já se mostraram contra a ideia.

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