Covid-19: PE debate dívida comum para relançar economia

A presidente da Comissão Europeia, Urula von der Leyen
A presidente da Comissão Europeia, Urula von der Leyen Direitos de autor Etienne Ansotte/ EU
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De  Isabel Marques da Silva
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Para enfrentar os efeitos da pandemia na economia, o centro-esquerda no Parlamento Europeu pediu medidas ousadas ao nível fiscal, tais como os chamados títulos de dívida pública comum. Mas a ideia não é consensual, como ficou claro no únido dia da sessão plenária, quinta-feira, em Bruxelas.

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Apenas um número simbólico dos 705 eurodeputados estiveram na sala do Parlamento Europeu, em Bruxelas, quinta-feira, para um único dia de debate em plenário sobre a pandemia de Covid-19.

A presidente da Comissão Europeia, Urula von der Leyen, pediu aos líderes políticos que se inspirem nas ações solidárias da sociedade civil.

"Se há algo que é mais contagioso que este vírus, é o amor e a compaixão. E diante das adversidades, o povo da Europa mostra o quão forte isso pode ser: desde os perfumistas de luxo e produtores de vodca que fabricam gel desinfetante aos fabricantes de carros e empresas de moda a produzirem máscaras", disse no hemiciclo.

Os eurodeputados votam, através de um novo sistema por email, recentes propostas do executivo para:

  • Acabar com voos vazios, que cumpriam imposições legais de horário
  • Um pacote de investimento de 37 mil milhões de euros
  • Direcionar o Fundo de Solidariedade para emergências de saúde pública

Como relançar a economia?

O centro-esquerda pediu medidas ousadas no nível fiscal, a médio prazo, como os chamados título de dívida pública corona, mas a ideia não é consensual.

"Solicitamos um novo Plano Marshall que seja um plano de investimento comum, financiado por um instrumento de dívida comum que contemple a emissão de título de dívida europeia e a ativação do Mecanismo Europeu de Estabilidade com uma linha de crédito específica, sem medidas macroeconómicas adicionais", afirmou Javier Moreno Sanchez, eurodeputado espanhol do centro-esquerda.

Já o conservador holandês Derk Jan Eppink disse que "o pragmatismo deve estar em primeiro lugar".

"As empresas e as pessoas precisam urgentemente de dinheiro. A melhor maneira de proceder é instar os bancos centrais nacionais a fornecerem crédito a uma taxa de juros zero. Os títulos de dívida vão para os bancos, mas aquilo de que precisamos é crédito diretamente para os cidadãos e empresas", explicou.

Todas as medidas precisam de ser adotadas pelos 27 líderes dos Estados-membros, que realizarão uma cimeira, esta quinta-feira, por videoconferência.

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