Eurodeputados formados em medicina ajudam na pandemia

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Direitos de autor Gill, Joanna/EURONEWS BRUSSELS
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De  Isabel Marques da SilvaStefan Grobe
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Euronews entrevistou Peter Liese e Chrysoula Zacharopoulou, que têm formação em medicina e regressaram à Alemanha e à França, respetivamente, sendo este o tema do programa "Breves de Bruxelas".

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Há eurodeputados a trabalharem nas suas casas, em Bruxelas, mas alguns regressaram aos países de origem para ajudarem na linha da frente da pandemia, como é o caso de Peter Liese e Chrysoula Zacharopoulou, que têm formação em medicina, sendo este o tema do programa "Breves de Bruxelas".

"De facto, estou novamente a trabalhar como médico num consultório particular, onde pratiquei até ao final de 2002. Tenho uma rotina muito simples, faço tudo sozinho. Faço a colheita de amostras de sangue, pela manhã, e examino pacientes. Estou a aprender muito com os meus colegas sobre casos mais complicados", explicou Peter Liese, eurodeputado alemão do centro-direita, em entrevista à euronews.

Casos complicados são vistos por Chrysoula Zacharopoulou, eurodeputada liberal francesa, que está a trabalhar na linha da frente do coronavírus num hospital militar perto de Paris e que relativiza um certo desnorte inicial na União Europeia.

"Diante de uma crise de saúde pública tão grande, é normal que não tivéssemos a resposta certa no início. Mas penso que agora a Comissão Europeia e outras instituições estão a usar tecnologia moderna para fazerem as coisas avançar. Existem sinais da solidariedade europeia", disse a eurodeputada, em entrevista à euronews.

Uma opinião que é partilhada pelo colega alemão, que também ficou infectado pelo "vírus" da solidariedade.

"É óbvio que, especialmente no início, a União Europeia, nomeadamente a Comissão Europeia, subestimou o problema. Há mais de uma semana, incentivei a Comissão Europeia a criar um ponto de contato para se registarem todo os hospitais que ainda têm capacidade - o que em circunstâncias normais seria capacidade por mais do que apenas alguns dias - para receberem pacientes vindos do estrangeiro", referiu Liese.

Ambos os médicos hesitam em prever quando é que a vida voltará à normalidade, reconhecendo que o confinamento é um desafio para todos, mas dizem que o momento para lhe pôr fim ainda não chegou.

"Sejamos humildes e pacientes. Devemos seguir as instruções para ficar em casa, por respeito aos profissionais da saúde, a nós proprios e à sociedade", apelou Chrysoula Zacharopoulou.

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