Diplomacia europeia refuta pressões da China

Diplomacia europeia refuta pressões da China
Direitos de autor Darko Vojinovic/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
Direitos de autor Darko Vojinovic/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
De  euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O chefe da diplomacia europeia afirma que escuta as opiniões de países terceiros mas que não se curva perante ninguém

PUBLICIDADE

A diplomacia europeia não está às ordens de Pequim. O responsável pelas relações externas da UE, Josep Borrell, é formal:

"Nós não nos curvámos perante ninguém. Deixe-me ser claro, nós somos um serviço diplomático. Nós mantemos um contacto constante com os representantes de países terceiros e isso implica escutar os seus pontos de vista acerca das nossas políticas e das nossas avaliações."

Borrell afirma que Pequim não estava satisfeita com a linguagem forte utilizada no documento interno que veio a público. Diplomatas chineses contactaram-no para manifestar a sua preocupação relativamente ao que foi publicado no New York Times e sugeriu que irá procurar quem poderá estar interessado em promover fugas de informação, no seio da sua equipa, para desacreditar a liderança.

Bart Groothuis (Holanda, ALDE), o deputado europeu que lançou a petição para reclamar uma audição a Borrell, afirma que esta não é a forma correta de olhar para a situação:

"Isto não é uma caça às bruxas. Devemos ser bastante transparentes com o que aconteceu aqui e creio que não deveríamos estar a criar este tipo de ansiedade entre a equipa diplomática."

O relatório europeu que veio a público afirmava que as autoridades chinesas e os meios de comunicação estatais tentam impedir qualquer menção de Wuhan como ponto de origem da Covid-19.

"A desinformação é um inimigo para todos nós e tem de ser combatida por todos nós. A China tem sofrido muito com a desinformação desde o início" - refere Zhang Ming, o embaixador da China junto à UE.

Bruxelas insiste que os seus relatórios não estão a ser deitados para o lixo, antes que a campanha de desinformação está a subir de tom.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Chefe da diplomacia da UE desvaloriza as pressões da China

UE lança inquérito sobre aquisição de dispositivos médicos produzidos na China

Colheitas de fruta em risco: "Chegámos a ter temperaturas de 30º, de repente ficámos abaixo de zero"