UE debate regras no turismo para não agravar a pandemia

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Direitos de autor Matthias Schrader/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Isabel Marques da SilvaStefan Grobe
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Com a proximidade do verão, os cidadãos questionam-se sobre que tipo de férias poderão fazer, incluindo os milhões de emigrantes que visitam o país de origem nessa altura. O governo da Grécia, economicamente muito dependente deste setor, quer reabrir as atividades turísticas a 1 de julho.

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A Covid-19 congelou milhões de habituais travessias de fronteiras, mesmo aquelas usando apenas meios terrestres para ir a um país vizinho fazer turismo, compras ou visitar os amigos. Para travar a progressão da doença, foram impostos controles com possibilidades de poucas exceções.

Com a proximidade do verão, os cidadãos questionam-se sobre que tipo de férias poderão fazer, incluindo os milhões de emigrantes que aproveitam para visitar o país de origem nessa altura.

No caso da Grécia, economicamente muito dependente deste setor, o governo quer reabrir as atividades turísticas a 1 de julho.

"Ainda estamos a formular os protocolos exatos para proteção da saúde, mas é bastante provável que exijamos algum tipo de teste antes que a pessoa faça o voo, para garantir a paz de espírito. Esperamos que a União Europeia mostre o tipo de liderança necessária para obter um bom acordo pan-europeu. Certamente que há vários países que o desejam e que estão a avançar nessa direção. A Grécia é um dos países mais interessados nesse acordo, mas não podemos esperar muito mais", disse Haris Theoharis, ministro do Turismo da Grécia, em entrevista à euronews.

As estimativas apontam para quebras de 50 por cento no turismo em alguns países, afetando de forma desproporcional os do sul europeu, cujas economias dependem fortemente do setor em ternos de riqueza gerada e de capacidade de oferecer emprego sazonal.

É também um setor caracterizado por muitas pequenas e médias empresas que poderão abrir falência sem apoios estatais e que pedem orientações concretas sobre como reabrir a atividade sem pôrem em risco a saúde pública. O governo da Croácia defende um selo de segurança.

"Penso que muitos defendem algum tipo de certificado sobre a inexistência ou redução de risco. Acho que seria benéfico para todos, não apenas para os funcionários dos hotéis, por exemplo, mas também para os viajantes, para os turistas", afirmou Davor Bozinovic, ministro da Administração Interna da Croácia.

Ir para fora apenas "cá dentro"

Mas há outra corrente que defende a oportunidade de criar um modelo de turismo mais sustentável e local, sem regressar aos cenários de multidões que tornam a vida difícil e cara para os habitantes locais.

Até porque, desta vez, poderia causar o regresso em força da pandemia num momento em que ainda não há vacina.

"Espalhar o vírus enquanto se viaja pelo mundo não faz muito sentido no curto prazo. Faz mais sentido fazer viagens curtas na região em que as pessoas vivem", defendeu Karima Delli, eurodeputada ecologista francesa, em entrevista à euronews.

A Comissão Europeia considera que o turismo é central para a recuperação, até porque afeta algumas das maiores economias da União, tais como a França, Itália e Espanha, mas a decisão sobre a abertura de fronteiras deve ser feita de forma coordenada.

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