Máscaras para surdos cobiçadas por vários profissionais

Máscaras para surdos cobiçadas por vários profissionais
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De  Isabel Marques da SilvaGregoire Lory
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Segundo a Organização Mundial de Saúde há 466 milhões de pessoas que dependem da leitura labial, a par da língua gestual, para comunicar.

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Muitas empresas optaram por reconverterem a produção para dar resposta às necessidades da pandemia, nomeadamente aumentar a disponibilidade de máscaras.

Mas há públicos com necessidades muito específicas, pelo que uma empresa belga de produção de catálogos pensou nos surdos e pessoas com problema auditivos, incluindo tecido transparente para ajudar à comunicação. A primeira encomenda foi de dez mil máscaras.

"Em dois dias, compramos máquinas de costura, tecidos, criamos um método de trabalho. Demos formação aos nossos monitores e à equipa de supervisão. Fizemos folhas descritivas de cada etapa do trabalho, que é feito por 15 voluntários que aprenderam a costurar. Poucos dias depois estávamos em plena operação", explicou Sabine Charlier, diretora fabril na Broaching Renaître, em entrevista à euronews.

Uma das primeiras clientes testou a eficácia em termos de comunicação, mantendo a qualidade de proteção que se deseja, e deu testemunho à euronews.

"Antes de ter esta máscara, eu não podia comunicar sem tirar a máscara tradicional ou tinha que me afastar dos meus interlocutores. Agora, com a parte transparente, posso ler os lábios das pessoas e é muito mais fácil comunicar", disse Donia Dubois, funcionária na empresa.

Sessenta por cento dos 150 funcionários são portadores de algum tipo de deficiência. As máscaras permitiram proteger os trabalhadores e relançar a empresa que viu a descer a produtividade para dez por cento do habitual por causa da pandemia.

"Também vemos uma grande procura por parte dos terapeutas da fala, professores primários, funcionários de hospitais, pessoas que trabalham com idosos. Para algumass pessoas é muito difícil não poderem ver a expressão de quem fala", referiu Sabine Charlier.

Segundo a Organização Mundial de Saúde há 466 milhões de pessoas que dependem da leitura labial, a par da língua gestual, para comunicar.

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