Líderes da UE e Reino Unido tentarão desbloquear impasse

Michel Barnier apresenta as poucas novidades sobre o Brexit
Michel Barnier apresenta as poucas novidades sobre o Brexit Direitos de autor Yves Herman/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
De  Isabel Marques da SilvaJoanna Gill
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Barnier acusou o governo britânico de querer recuar nos compromissos anteriores, nomeadamente sobre cooperação judicial, controlo do branqueamento de capitais, regras de concorrência comercial para acesso ao mercado da União e acesso às águas britânicas para os barcos de pesca comunitários.

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As negociações sobre um acordo comercial entre a União Europeia e o Reino Unido continuam num impasse no final de mais uma ronda de trabalhos, sexta-feira, sobre as relações pós-Brexit.

"Enquanto negociador-chefe em nome da União, a minha responsabilidade é dizer a verdade. A verdade é que esta semana não houve progresso significativo", disse Michel Barnier, negocidor-chefe pela União Europeia para o Brexit, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

Barnier acusou o governo britânico de querer recuar nos compromissos anteriores, nomeadamente sobre cooperação judicial, controlo do branqueamento de capitais e regras de concorrência comercial para acesso ao mercado da União.

O acesso dos barcos de pesca dos países do bloco comunitário às águas do Reino Unido também está mum impasse.

"A posição da União Europeia implicaria uma capitulação do Reino Unido sobre a questão da pesca e isso pura e simplesmente não vai acontecer. Existe, atualmente, uma relação assimétrica que beneficia as frotas da União Europeia e, surpreendentemente, pensam que a podem manter", afirmou Barrie Deas, diretor-executivo da Federação Nacional das Organizações de Pescadores do Reino Unido, em entrevista à euronews.

As negociações deverão subir de nível, no final de junho, reunindo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson.

O Reino Unido tem até o final deste mês para pedir um prolongamento do período de transição, que termina a 31 de dezembro, mas o governo de Londres sempre recusou a ideia.

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