UE reforça defesa dos direitos dos passageiros

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De  Joao Duarte Ferreira
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Comissão Europeia afirma que não hesitará em levar os infratores a tribunal no caso dos voos cancelados

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O cancelamento de voos permanece uma questão em aberto apesar da reabertura de fronteiras no Continente.

Algumas companhias aéreas continuam a vender bilhetes para destinos europeus que depois são cancelados no espaço de poucos dias.

Na Bélgica, as associações de consumidores recebem dezenas de reclamações todos os dias e denunciam a estratégia de obter liquidez após três meses de paragem.

"É preciso notar duas coisas, de um lado, os preços eram muito baixos e os voos foram anulados. Quando foram reprogramados, os preços foram multiplicados por 50 ou 100. Trata-se de uma estratégia para obter liquidez", acusa Jean-Philippe Ducart, da associação belga de consumidores, Test Achat.

A euronews contactou algumas das empresas alvo de mais reclamações.

A operadora TUI confirmou o cancelamento de alguns voos e o reagrupamento de voos para destinos próximos a fim de se evitarem aviões vazios. No entanto, negam que exista uma estratégia comercial subjacente.

"Vamos devolver o dinheiro por isso a liquidez vai alterar-se. Ainda por cima, como já pagaram os clientes obterão um novo bilhete para o mesmo destino", defende Piet Demeyre, da TUI, na Bélgica.

A Brussels Airlines enviou à euronews uma declaração na qual reconhece que foi a falta de procura que levou ao cancelamento de alguns voos. Mas estes podem ser marcados para mais tarde, ao mesmo preço, dizem.

A Ryanair também foi contactada mas não respondeu.

Entretanto, a Comissão Europeia já começou a receber reclamações sobre este problema pós-confinamento e sublinham que não hesitarão em defender os direitos dos passageiros.

O comissário europeu da justiça e responsável pelos direitos dos consumidores, Didier Reynders, afirma à euronews que "cabe ao passageiro escolher entre o reembolso do dinheiro e um cupão. Se necessário iniciaremos procedimentos por infração contra os estados-membros".

Para muitos, o problema é que os passageiros nem sempre aceitam cupões e os reembolsos demoram tempo dado que implicam procedimentos burocráticos.

Nome do jornalista • Ana LAZARO

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