Eurodeputados preparam sessão plenária crucial

Eurodeputados preparam sessão plenária crucial
Direitos de autor Etienne Ansotte/ EU Source: EC - Audiovisual Service
De  Isabel Marques da SilvaChristopher Pritcher
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O discurso sobre o Estado da União, a 16 de setembro, pela presidente da Comissão Europeia, será fundamental para perceber se as prioridades dos eurodeputados se tornarão realidade.

PUBLICIDADE

Os eurodeputados preparam-se para a primeira sessão plenária do Parlamento Europeu após as férias de verão, na semana que vem, na qual será também feito o discurso sobre o Estado da União pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Entretanto, os membros do Parlamento organizam a agenda das suas prioridades políticas, que não pode deixar de ser marcada pela resposta à pandemia de Covid-19 e à recessão económica.

Um eurodeputado italiano de centro-esquerda, Brando Benifei, gostaria que a instituição visse os seus poderes legislativos reforçados para poder avançar mais rapidamente nas reformas.

“Atualmente, a União Europeia é muito lenta na reação ao que se passa. Foi bastante rápida na crise da Covid-19, mas com alguns limites. Acho que precisamos ser mais fortes se quisermos enfrentar os desafios futuros. Isso significa que precisamos de fortalecer o Parlamento Europeu e a Comissão Europeia. É algo no qual trabalharemos com certeza", disse Benifei.

Já a eurodeputada portuguesa de centro-direita, Lídia Pereira, aponta as falhas na coordenação com as restantes instituições e os governos dos 27 Estados-membros como matéria a melhorar.

"Tem que haver diálogo, esta pandemia mostrou que é preciso maior coordenação nas respostas aos desafios que enfrentamos. Se atuarmos em conjunto, será completamente diferente. Na minha opinião, temos de garantir que há diálogo e que não cometamos os mesmos erros da primeira fase da pandemia, temos que coordenar os esforços de forma coletiva",explicou Pereira.

Crise climática e modelo de retoma económica

Uma eurodeputada búlgara de centro-direita, Eva Maydell, acredita que o enfoque deve estar nas medidas para travar a crise climática, investindo em tecnologias com baixa emissão de dióxido de carbono.

"Precisamos de garantir a competitividade económica e acho que a única maneira de o fazer é garantindo que as tecnologias com baixa emissão de dióxido de carbono estão cada vez mais acessíveis, financeiramente, para os cidadãos. Já existem algumas, tais como gás e energia nuclear, que deveriam estar mais acessíveis em termos de não terem um custo demasiado elevado", referiu Maydell.

Ao nível dos instrumentos financeiros, é preciso aprovar o orçamento para 2021-2027, com destaque para o novo Fundo de Recuperação, para apostar no tecido económico e social. Mas esse fundo pode ser, também, o catalisador para um novo paradigma de crescimento, segundo o eurodeputado italiano Brando Benifei.

“Penso que a Covid-19 nos dá agora a oportunidade de reconstruir este continente para que seja mais coeso, verde, interconectado e com maior justiça social. Penso que precisamos de ir nessa direção ou não haverá uma efetiva recuperação", acrescentou.

O discurso sobre o Estado da União, a 16 de setembro, será fundamental para perceber se estes desejos se tornarão realidade.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Eurodeputados lutam para melhorar orçamento da UE

Haverá suficiente investimento no Pacto Ecológico Europeu?

Prémio LUX do Público entregue ao filme "A sala dos professores"