Greenpeace: "Europa é culpada" de fogos na Amazónia

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De  Isabel Marques da SilvaShona Murray
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Os ativistas querem chamar a atenção para o consumo na Europa de produtos à base de espécies e recursos naturais retirados de florestas tais como o chamado "pulmão" do mundo, que fica em grande parte no território do Brasil.

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A sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, foi o alvo da associação ambientalista Greenpeace, na sexta-feira, que colocou uma faixa numa das fachadas com a imagem de um fogo florestal e a frase "Incêndio na Amazónia, Europa é culpada" .

“Estamos aqui para recordar aos líderes europeus que eles também são responsáveis ​pela destruição e pelos incêndios em curso na Amazónia", disse a ativista Sini Eräjää, em entrevista à euronews.

"Os incêndios na Amazónia, como em qualquer ecossistema, não são acidentais, são uma consequência do nosso crescente consumo de produtos tais como carne, laticínios, óleo de palma, madeira, etc. Mas os líderes europeus também têm poder para mudar isso com nova legislação", acrescentou.

Os ativistas querem chamar a atenção para o consumo na Europa de produtos à base de espécies e recursos naturais retirados de florestas tais como o chamado "pulmão" do mundo, que fica em grande parte no território do Brasil.

A exploração é feita, muitas vezes, sem respeito pela legislação vigente por falta de capacidade de supervisão ou incúria das autoridades.

Recentemente, o Pantanal, que é a maior área húmida tropical do mundo e fica no extremo sul da floresta amazónica, foi atingido por um número recorde de incêndios.

Classificado como património natural da Humanidade pela UNESCO, o Pantanal é um dos ecossistemas com maior diversidade biológica do mundo, lar de espécies como a onça-pintada e a capivara.

Acordo UE-Mercosul em risco?

A União Europeia e o Mercosul, que agrupa Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai (e tem mais cinco países associados na América do Sul), estão em processo de ratificação de um acordo de livre comércio.

A França e a Alemanha exigem medidas ao governo brasileiro para proteger a floresta e o Parlamento Europeu também pretende obter alterações no acordo em matéria de sustentabilidade ambiental antes de dar o seu consentimento.

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