Eurodeputados criticam promessas "vagas" da Comissão

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Direitos de autor Francois Lenoir, Pool Photo via AP
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De  Isabel Marques da Silva
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Alguns eurodeputados alertam que muitas promessas ainda precisam de planos de ação concretos e que há áreas cruciais em que o discurso de Ursula von der Leyen foi omisso.

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Da saúde ao emprego, das alterações climáticas à migração, foram muitos os temas em que a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defendeu a virtude da cooperação.

"Transformámos o medo e a divisão entre os Estados-membros em confiança na nossa União. Mostrámos o que é possível fazer quando confiamos uns nos outros", afirmou Ursula von der Leyen.

No seu discurso sobre o Estado da União, quarta-feira, no Parlamento Europeu, em Bruxelas, uma das principais promessas da líder do executivo europeu foi propor a redução em 55% dos gases com efeitos de estufa até 2030, por comparação com os níveis de 1990, para travar o aquecimento global.

Mas a bancada ecologista esperava mais, disse a sua co-presidente, Ska Keller, eurodeputada alemã: "Novas metas são um passo em frente importante, mas se optarem apenas por fazer jogos com os números, essas metas serão nulas, vazias".

A Comissão Europeia gostaria de ter mais poderes na saúde, um setor que ainda é de competência soberana de cada Estado-membro.

O investimento em material e investigação biomédica será um um dos pólos centrais do fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros.

"Temos que apresentar propostas concretas para gastar este enorme pacote de dinheiro", avisou Dacian Ciolos , líder dos liberais.

Estado de direito dentro e fora da União

A crise politica na Bieolorrússia e o envenenamento de um opositor russo foram temas abordados ao nível do papel da União Europeia no mundo, em especial na relação com a sua mais próxima vizinhança.

Mas alguns eurodeputados alertam que, também, há trabalho a fazer na defesa do Estado de direito nos países da União.

"Esperava uma declaração sobre o mecanismo que vai obrigar aos respeito pelo Estado de direito para um país poder receber fundos europeus , mas não ouvi nada sobre a violação sistemática do Estado de direito, que é um problema que enfrentamos neste momento, em particular na Polónia e na Hungria", afirmou Katarina Barley, eurodeputada alemã de centro-esquerda.

Os eurodeputados vão "cobrar" muitas destas promessas na negociação em curso para melhorar a proposta de orçamento da União Europeia para os próximos sete anos e que precisa do seu consentimento.

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