Terrorismo: Comissão Europeia encarregue de reforçar Europol

Terrorismo: Comissão Europeia encarregue de reforçar Europol
Direitos de autor Olivier Matthys/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Isabel Marques da Silva
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Os ministros dos 27 países encarregaram a Comissão Europeia de redigir uma proposta para reforçar a agência de polícia europeia Europol em termos de mandato e de recursos humanos e operacionais.

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Face à mais recente vaga de atentados terroristas, os ministros dos Assuntos Internos da União Europeia anunciaram, sexta-feira, que vão reforçar o controlo das fronteiras e investir na eliminação de conteúdos na Internet que apelam a atos violentos.

Em declarações aos jornalistas depois da videoconferências ministerial, a comissária europeia com esta pasta deu um exemplo da urgência das novas medidas.

“No caso dos atentados em França, soubemos que organizações terroristas fizeram um apelo na Internet à vingança pela republicação das caricaturas no jornal Charlie Hebdo. Este facto realça a urgência em adotar as propostas da Comissão Europeia para evitar a disseminação de conteúdo terrorista online, e agradeço todos os esforços que foram feitos pela presidência alemã da União Europeia ", disse Ylva Johansson, comissária Europeia para Assuntos Internos.

Os ministros dos 27 países encarregaram a Comissão Europeia de redigir uma proposta para reforçar a agência de polícia europeia Europol em termos de mandato e de recursos humanos e operacionais.

Propaganda e migração

Peritos como o investigador Didier Leroy, do Real Instituto Superior de Defesa da Bélgica, advogam também uma maior aposta na luta contra a propaganda fundamentalista: "Aquilo que faz mais falta é uma bateria de medidas que permitam lutar contra ameaça estratégica concreta que representam os agentes jihadistas globais tais como Al-Qaeda ou o autodenominado Estado Islâmico".

"São os responsáveis pelo aumento do fosso entre os cidadãos de várias correntes do Islão. Precisamos de acabar com tudo que que pretender associar o Islão ao radicalismo, jihadismo, salafismo, terrorismo, etc", acrescentou.

Os ministros admitiram ser necessária uma maior integração dos migrantes na sociedade europeia, dizendo que é uma "via de sentido duplo". Sendo uma parte deles de confissão muçulmana, o respeito pelos seus direitos ajudará a combater tentativas de manipulação por agentes radicais.

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