Barnier informa embaixadores da UE sobre impasse no Brexit

Barnier informa embaixadores da UE sobre impasse no Brexit
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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
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Pescas, ajudas estatais a empresas e o mecanismo de resolução de contendas são os temas que há três meses atrasam o acordo antes do fim do período de tradição, a 31 de dezembro.

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Michel Barnier, que lidera a equipa de negociação da União Europeia para o Brexit, informou os embaixadores dos 27 Estados-membros, segunda-feira, em Bruxelas, sobre os esforços até agora inglórios para concluir um acordo com o Reino Unido.

O telefonema entre o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no sábado, tentou dar novo ímpeto e Boris Johnson reenviou a Bruxelas David Frost para nova maratona negocial.

Pescas, ajudas estatais a empresas e o mecanismo de resolução de contendas são os temas que há três meses atrasam o acordo antes do fim do período de tradição, a 31 de dezembro. Alguns analistas estranham a falta de envolvimento de outros líderes.

“Não houve telefonemas entre Boris Johnson e o líder francês Macron ou entre ele o primeiro-ministro neerlandês Rutte, por exemplo. Isso é surpreendente, parece que Boris Johnson está muito na defensiva nesta fase do Brexit. Poderia haver aí uma possibilidade de desbloqueio, mas essas conversações não aconteceram e nem sequer ouvimos falar de planos nesse sentido. Não espero que venha ajudar a desbloquar a situação", disse Jon Worth, analista político independente.

Barnier tem a confiança total dos 27 líderes e a presidente da Comissão Europeia tem sido a principal interlocutora de Boris Johnson, talvez porque a chanceler alemã, Angela Merkel, que lidera a presidência rotativa da União Europeia está mais focada na aprovação do orçamento do bloco.

Mas se não houver acordo que ajude a diminuir a burocracia e a baixar tarifas aduaneiras, as duas partes passarão a negociar de acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio. E face à derrota de Donald Trump, o Reino Unido já não poderá contar tão cedo com um acordo semelhante com os EUA.

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