Puurs "orgulhosa" da vacina anti-Covid-19 produzida na cidade

Puurs "orgulhosa" da vacina anti-Covid-19 produzida na cidade
Direitos de autor Virginia Mayo/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved
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De  Isabel Marques da Silva
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A euronews entrevistou o presidente da câmara de Puurs, Koen Van den Heuvel, sobre o impacto na população da cidade por este ser o local onde se produz a vacina anti-Covid-19 da Pfizer-BioNTech.

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A pequena cidade belga de Puurs tem sido mencionada na imprensa de todo o mundo nos últimos meses. Sede de um pólo farmacêutico na província da Flandres, é onde a fábrica europeia da norte-americana Pfizer está a produzir a nova vacina contra a Covid-19, desenvolvida em parceria com a alemã BioNTech.

Pelo menos cinco mil dos 16 mil habitantes trabalham nesta e noutras três empresas farmacêuticas, de modo que o autarca tende a atender os seus pedidos.

"Para mim é uma prioridade ter boas relações com a empresa e faço o melhor que posso para responder quando a Pfizer me pede alguma coisa. Até resolvemos o problema de uma estrada para que a Pfizer pudesse ligar duas das suas unidades e demos licença para instalarem duas turbinas eólicas”, explicou Koen Van den Heuvel, presidente da câmara de Puurs, em entrevista à euronews.

A Bélgica tem uma os piores registos do mundo em termos do número de mortos por 100 mil habitantes devido à Covid-19 e os hospitais estão com dificuldades em dar resposta, mas a população Puurs começa a sentir-se mais esperançada, revela o autarca.

“Sinto que há orgulho nos habitantes e dizemos agora que vamos salvar o mundo! Há uma nova esperança. Espero que a nossa cidade possa ter um dos 50 postos de vacinação da Bélgica porque é muito importante para mim que as pessoas possam ir tomar a vacina perto de casa", disse Koen Van den Heuvel, em referência aos anúncio do governo federal de começar a vacinação a 5 de janeiro.

Conservação com muito gelo seco

A União Europeia encomendou 200 milhões de doses desta vacina, mas a primeira remessa irá para o Reino Unido, ainda esta semana.

No desafio logístico tem destaque o facto desta vacina em particular ter de ser transportada a 70 graus Celsius negativos.

Recipientes especiais com gelo seco foram desenhados para a transportar de forma segura por via aérea e terrestre.

A empresa está estrategicamente posicionada entre o aeroporto de Zaventem, perto de Bruxelas, e o porto de Antuérpia. Sobre a estratégia de entrega da vacina, a Pfizer disse, em resposta por escrito a questões da euronews:

  • “Desenvolvemos inovações em termos de embalagens e armazenamento para serem adequados à variedade de locais onde as vacinações serão realizadas".

  • "Utilizaremos sensores térmicos com GPS que emitirão para uma torre de controle, para rastrear a localização e a temperatura de cada remessa das vacinas nas rotas predefinidas".

A empresa pretende entregar até 50 milhões de doses de vacinas este mês e até 1300 milhões em 2021. Está, ainda, a analisar a possibilidade de cooperação com a iniciativa internacional COVAX, para garantir o acesso dos países de baixo rendimento às vacinas.

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