Sviatlana Tsikhanouskaya, líder oposição democrática, exortou a União Europeia a ser mais corajosa na pressão contra o regime de Alexander Lukashenko.
Um diploma e 50 mil euros foram atribuídos, em 2020, à oposição democrática da Bielorrússia, quarta-feira, no Parlamento Europeu.
O Prémio Sakharov de Liberdade de Pensamento reconhece a luta pelos direitos humanos e pela democracia naquele país, liderada, a partir do exilio, pela candidata presidencial Sviatlana Tsikhanouskaya.
"Um muro invisível de medo foi construído ao nosso redor. Esse muro de medo têm-nos amarrado há quase três décadas, mas este ano tudo mudou. Unidos, acreditamos que esse muro do medo pode ser derrubado tijolo a tijolo", disse Svetlana Tikhanovskaya, durante o discurso no plenário, em Bruxelas.
A líder oposição democrática exortou a União Europeia a ser mais corajosa na pressão contra o regime de Alexander Lukashenko, algo que reiterou em entrevista à euronews por ocasião desta visita a Bruxelas.
O bloco considera que as eleições de agosto passado não foram livres e criticou a violência contra os manifestantes.
Em resposta, os governos dos 27 países da União aprovaram, em novembro, sanções contra seis dezenas de pessoas, incluindo o presidente no poder há um quarto de século.
Alexander Lukashenko tem o apoio político e financeiro da Rússia e tem recusado dialogar com a oposição sobre levar a cabo novas eleições com supervisão internacional.