Diretora-geral de Saúde da UE garante mais doses de vacinas

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Direitos de autor Cecilia Fabiano/LaPresse
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De  Isabel Marques da SilvaJoanna Gill
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O executivo comunitário tem contratos com seis farmacêuticas e está a negociar com mais duas, garantindo que haverá doses suficientes para os 27 Estados-membros.

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Os eurodeputados querem perceber porque é que há controvérsia sobre a quantidade de doses e o ritmo de entregas na campanha de vacinação contra a Covid-19.

A principal negociadora por parte da Comissão Europeia junto das farmacêuticas é Sandra Gallina, diretora-geral de Saúde da União Europeia, que negou que haja atrasos, numa audição, terca-feira, no Parlamento Europeu.

“Comprámos a quantidade que nos foi oferecida. Quero assegurar que não negociamos só a quantidade geral, mas quantas doses estão disponíveis para um certo período. Foram disponibilizadas as quantidades produzidas até este momento e teremos mais disponibilizadas no futuro. Não sei a que se deve este debate porque os números provam que a produção está a aumentar”, disse Sandra Gallina.

O executivo comunitário tem contratos com seis farmacêuticas e está a negociar com mais duas, garantindo que haverá doses suficientes para os 27 Estados-membros e que ainda sobrarão para ajudar os países vizinhos menos desenvolvidos.

Mas os eurodeputados pedem maior transparência, nomeadamente Michele Rivasi, da delegação francesa dos verdes: "Neste momento existe uma espécie de batalha entre os países para saber quantas doses cada um recebeu. Essa informação deveria ser tornada pública".

Estratégias para ter mais doses e ao melhor preço

Ajudei na vacinação na Alemanha e quando se retira a dose com muito cuidado consegue-se obter sete doses. Penso que poderíamos aconselhar os Estados-membros a usarem as seringas certas. Assim poderiam aumentar a vacinação não em 20%, mas em 40% já no imediato
Peter Liese
Médico e eurodeputado, centro-direita, Alemanha

Também há duvidas sobre quantas doses tem um frasco da vacina da Pfizer-BioNtech. A Agência Europeia de Medicamentos disse que podem ser retiradas seis em vez das cinco inicialmente previstas, porque há margem para isso com seringas de alta precisão. 

Um eurodeputado alemão de centro-direita que é médico, Peter Liese, considera que ainda pode ser mais otimizada: "Ajudei na vacinação na Alemanha e quando se retira a dose com muito cuidado consegue-se obter sete doses. Penso que poderíamos aconselhar os Estados-membros a usarem as seringas certas. Assim poderiam aumentar a vacinação não em 20%, mas em 40% já no imediato. É isso que precisamos de fazer agora em vez de discutir o que foi ou não feito em agosto".

A diretora-geral de Saúde da União Europeia também frisou que a adjudicação para 27 países em conjunto é fundamental para obter o mais baixo preço possível: "Na estratégia, temos em conta esse elemento de acessibilidade para todos os sistemas de saúde na Europa. Tem havido um grande esforço europeu para não deixar nenhum Estado-membro para trás".

Num bloco com 450 milhões de habitantes, a vacinação contra a Covid-19 será uma das maiores despesas públicas do ano.

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