UE não pode esquecer lições do mandato Trump

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Direitos de autor Evan Vucci/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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De  Isabel Marques da SilvaDarren McCaffrey
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A proliferação na Internet de teorias da conspiração é uma questão que as instituições da União Europeia querem debater com o governo de Biden.

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A tomada de posse de Joe Biden, a 20 de janeiro, pôs fim a apenas um, mas muito controverso, mandato de Donald Trump e o alívio foi, claramente, expresso no Parlamento Europeu, no mesmo dia, em Bruxelas.

"Mais uma vez, após quatro longos anos, a Europa tem um amigo na Casa Branca. A Europa está pronta para um novo começo com o nosso parceiro mais antigo e de confiança", disse Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na sessão plenária onde se debateu o momento histórico.

Embora a União Europeia espere que se abra um novo capítulo nas relações transatlânticas, os eurodeputados recordaram que os últimos quatro anos deixaram importantes marcas e que o Trumpismo não desaparecerá magicamente.

"Temos interesses alinhados, mas nem sempre idênticos. Precisamos de ações claras para superar os nossos diferendos, nomeadamente nas tarifas aduaneiras injustas impostas pelos Estados Unidos. E não podemos esquecer que a presidência de Trump não foi um acidente", argumentou Arnaud Danjean, eurodeputado francês do centro-direita.

"E se os motins tivessem sido aqui?"

O ataque ao Capitólio, no início do mês, incitado por Trump, chocou os líderes europeus e continua a motivar reflexões.

"Imaginem que os motins para reverter uma eleição livre e justa tivessem acontecido aqui. Lembrem-se da campanha do Brexit há cinco anos, cheia de mentiras flagrantes e falsas promessas. Pensem no desrespeito inacreditável do governo polaco pelo direito das mulheres a disporem do seu corpo. Não se esqueçam do desmantelamento sistemático do Estado de direito na Hungria", enumerou Ska Keller, eurodeputada alemã dos verdes.

A proliferação na Internet de teorias da conspiração é uma questão que as instituições da União Europeia querem debater com o governo de Biden.

O objetivo é criar mais legislação e reguladores independentes que não deixem o poder todo nas mãos das multinacionais do setor. Haverá, ainda, muito a falar sobre comércio, defesa e clima.

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