NATO adia decisão sobre retirada do Afeganistão

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Direitos de autor Olivier Hoslet/AP
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De  Isabel Marques da SilvaJack Parrock
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Donald Trump para terminar a missão, iniciada em 2003, com vista a derrotar o regime extremista talibã.

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A NATO adiou a decisão sobre a data para retirar as tropas do Afeganistão. O ressurgimento da violência e a reflexão que o novo governo dos EUA ainda está a fazer sobre a sua estratégia militar global ditaram ao desfecho da reunião dos ministros da Defesa, quinta-feira, por videoconferência.

"Consideramos que ainda há tempo para chegar a um acordo político sobre o progresso no terreno antes do prazo de 1 de maio. O nosso foco é o processo de paz e faremos tudo o que pudermos para que tenha sucesso", explicou Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO, em conferência de imprensa.

Cerca de um quarto dos dez mil soldados da NATO no Afeganistão são norte-americanos e o país é o principal contribuinte em termos de logística e material da missão.

O presidente Joe Biden quer reforçar o diálogo com os aliados e poderá não ter a mesma pressa de Donald Trump para terminar a missão, iniciada em 2003, com vista a derrotar o regime extremista talibã, que protegia a rede terrorista Al Qaeda.

"Os talibã continuam a atacar e podem até querer testar a resistência do governo Biden. Portanto, penso que temos que nos preparar nos próximos seis a 12 meses para possíveis ofensivas do talibã para testar até onde é que o governo dos EUA está disposto a ir", afirmou Fabrice Pothier, analista de geopolítica no departamento de Estratégia do centro de estudos Rasmussen Global, em Bruxelas.

Ao fim de dois dias de reunião, os ministros decidiram reforçar a missão de treino militar no Iraque, que passará dos atuais 500 para quatro mil soldados, a fim de travar o possível ressurgimento da ação terrorista do autodenominado Estado Islâmico.

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