Covid-19: Líderes da UE desejam criar certificado comum

Covid-19: Líderes da UE  desejam criar certificado comum
Direitos de autor Olivier Hoslet/AP
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De  Isabel Marques da SilvaDarren McCaffrey
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O certificado pode atestar se a pessoa recebeu a vacina, se tem testes negativos sobre a presença do vírus ou se já desenvolveu anticorpos por contração da doença.

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Para repor a livre circulação e apoiar o turismo, a União Europeia deverá desenvolver um sistema de certificados sobre a situação de saúde dos cidadãos relativa à Covid-19.

Os líderes dos 27 países concordaram, numa videoconferência, quinta-feira, que o executivo comunitário deve propor um mecanismo eletrónico comum a todos.

“O prazo de três meses diz respeito ao processo para desenvolvimento técnico. Serão necessários pelo menos três meses para o desenvolvimento técnico de sistemas interoperáveis anível europeu. Há muito trabalho a ser feito, do ponto de vista técnico, pela Comissão Europeia, a nível europeu, e pelos Estados-membros, ao nível nacional", disse Ursula Von Der Leyen, presidente da Comissão Europeia, numa conferência de imprensa, no final da reunião.

O certificado pode atestar se a pessoa recebeu a vacina, se tem testes negativos sobre a presença do vírus ou se já desenvolveu anticorpos por contração da doença.

“Já existem boletins de vacinação para outras doenças, que são usados como prova quando se viaja para certos países, como por exemplo, no caso da febre amarela. Poderá ser necessário fazer alguma adaptação com base nesse tipo de boletins, mas não é nada de muito complexo, deverá ser muito simples e fácil de implementar", afirmou Guntram Wolff, analista no Instituto Bruegel.

Pressão total sobre as farmacêuticas

O diálogo constante com as farmacêuticas e medidas para para aumentar a produção de vacinas, incluindo conseguir novos parceiros, é essencial disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel: "A nossa prioridade máxima, neste momento, é acelerar a produção e distribuição das vacinas em toda a União Europeia".

"É por isso que apoiamos os esforços da Comissão para trabalhar com a indústria para identificar afunilamentos, garantir as cadeias de abastecimento e aumentar a produção. Queremos ter maior previsibilidade, transparência e garantias de que as empresas farmacêuticas cumprem os seus compromissos", acrescentou Charles Michel.

O encerramento de fronteiras unilateralmente decidido continua a ser alvo de críticas da Comissão europeia que enviou, na passada terça-feira, avisos aos governos da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Hungria e Suécia. 

Estes países têm 10 dias para responderem porque é que desrespeitam orientações comuns que foram decididas por consenso nesta matéria.

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