Operadores do turismo anseiam por certificado Covid-19

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Direitos de autor VALERY HACHE/AFP
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De  Isabel Marques da SilvaAna Valiente
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Para salvar a próxima temporada, os agentes do setor dizem que o certificado deveria estar operacional em meados de maio. O turismo representa 10% da riqueza gerada na União Europeia, empregando 30 milhões de pessoas.

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Insuflar novo fôlego no turismo é um dos objetivos do certificado de saúde relativo à Covid-19 e a Comissão Europeia vai apresentar, esta quarta-feira, a sua proposta.

Esta indústria é fundamental para a retoma económica de vários países da União Europeia e tem sido das mais afetadas pela pandemia, com ramificações nos operadores da hotelaria, transportes, lazer e comércio, entre outros.

“Para as agências de viagens, o novo certificado é realmente um sinal de grande esperança. Com certeza vai ajudar as pessoas a poderem voltar a viajar. Desde março do ano passado que o setor de turismo está muito, muito em baixo”, disse David Reculez, diretor da agência de viagens Eagle Travel, em Bruxelas.

As noites em alojamento turístico no bloco dos 27 países diminuíram 52% em 2020, face a 2019, de acordo com a Eurostat, agência de estatísticas da Comissão Europeia. A queda ultrapassou 70% em Portugal, Chipre, Grécia e Malta.

Vemos que há muitas pessoas que querem viajar, mas querem fazê-lo de forma segura e também querem evitar ter de seguir regras rígidas ou quarentenas,etc.
David Reculez
Diretor agência de viagens em Bruxelas

Maior coordenação dos governos da União para salvar verão

O certificado vai atestar se a pessoa já teve a doença, se fez testes de despistagem ou se foi vacinada. A Comissão Europeia tem insistido para que os governos da União privilegiem as vacinas aprovadas pela Agência Europeia dos Medicamentos.

Os altos padrões de exigência científica e a existência de cláusulas de responsabilidade civil poderão aumentar o sentimento de proteção por parte dos cidadãos.

"Vemos que há muitas pessoas que querem viajar, mas querem fazê-lo de forma segura e também querem evitar ter de seguir regras rígidas ou quarentenas, etc", acrescentou David Reculez.

No verão passado, o turismo registou alguma recuperação, mas ficou aquém do que teria sido possível devido à falta de coordenação entre os governos.

"O verão está à porta e esta poderá ser a última oportunidade para muitos empresários de turismo em vários países, tanto para as agências de viagens como para muitos outros operadores, nomeadamente as companhias aéreas e as empresas de cruzeiros. Neste verão têm que poder funcionar bem", alertou Eduardo Santander, diretor-executivo da associação Comissão de Viagens na Europa.

Para salvar a próxima temporada, os agentes do setor dizem que o certificado deveria estar operacional em meados de maio. O turismo representa 10% da riqueza gerada na União Europeia, empregando 30 milhões de pessoas.

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