Borrell repudia retaliação chinesa contra europeus

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De  Isabel Marques da SilvaDarren McCaffrey
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Diplomacia da UE considera inaceitável a decisão da China de retaliar na mesma moeda a decisão da Uniao Europeia, esta segunda-feira, de impor sanções contra o país por violações dos direitos humanos da comunidade muçulmana uígure na província de Xinjiang.

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O governo da China foi rápido a aplicar o princípio "olho por olho, dente por dente", para responder às sanções impostas pela União Europeia contra quatro altos funcionários e uma entidade daquele país.

Entre os dez europeus visados por proibições de viagens e congelamento de atividades económicas com a China estão vários eurodeputados, acusados de espalharem informação maliciosa, incluindo Michael Gahler, alemão do centro-direita e membro da Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros.

“É claro que isto é politicamente lamentável porque pôs fim à possibilidade de diálogo, sendo que o diálogo é necessário para abordarmos questões graves como as que afetam os uígures, vítimas de detenções em massa por motivos puramente étnicos”, disse em entrevista à euronews.

Inaceitável para ambas as partes

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, considerou inaceitável esta retaliação por parte do governo chinês: "Em vez de mudar as suas políticas e de abordar as nossas preocupações legítimas, a China mais uma vez fez "vista grossa" e as suas medidas são lamentáveis e inaceitáveis", disse, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

"Não haverá qualquer mudança na determinação da União Europeia em defender os direitos humanos e em responder às graves violações e abusos, onde quer que sejam cometidos", acrescentou Borrell.

Inaceitável foi exatamente como o governo de Pequim classificou a decisão da Uniao Europeia, esta segunda-feira, de impor sanções por violações dos direitos humanos da comunidade muçulmana uígure na província de Xinjiang.

Os 27 ministros dos Negócios Estrangeiros da União usaram uma arma diplomática que estava adormecida desde 1989, mas têm o apoio dos aliados Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, cujos governos tomaram decisões similares.

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