FMI alerta para aumento das desigualdades

FMI alerta para aumento das desigualdades
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De  Isabel Marques da SilvaStefan Grobe
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A diretora-geral do FMI alerta para aumento das desigualdades, numa entrevista à euronews, que será transmitida na rubrica Estado da União a partir de sexta-feira.

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta para as perigosas desigualdades sócio-económicas geradas pela pandemia de Covid-19.

Está em curso uma recuperação a várias velocidades, disse a diretora-geral, Kristalina Georgieva, em entrevista à euronews: "Atualmente, as prioridades mais importantes devem continuar a ser acelerar a vacinação e lidar com a crise sanitária. É preciso também garantir que o apoio económico não seja retirado prematuramente. Estou satisfeita por ver que essas são também as prioridades dos líderes e dos cidadãos europeus".

Esta crise está a afetar mais duramente os trabalhadores pouco qualificados, as mulheres e os jovens.
Kristalina Gerogieva
Diretora-geral, FMI

Questionada sobre a capacidade desigual dos países de fazerem face à crise, podendo tal perpetuar desigualdades existentes, Gerogieva disse afirmou que "esta crise está a afetar mais duramente os trabalhadores pouco qualificados, as mulheres e os jovens". 

"Por isso, queremos concentrarmo-nos no acesso a melhores oportunidades, particularmente no investimento em educação, formação e requalificação de trabalhadores. Também é importante dar acesso ao financiamento e outros bens que são necessários a todos os países,Temos que garantir os países de baixo rendimento não vão ser os mais afetados pela crise", acrescentou.

O endividamento crescente dos países terá que ser enfrentado no médio prazo e o FMI considera que os governos terão de lançar mão da política fiscal.

"Poderá haver necessidade de maior progressividade da tributação nalguns países. Não podemos permitir que este nível se prolongue por muito tempo", alertou a diretora-geral.

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