Orbán promove nova aliança ultraconservadora na Europa

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De  Isabel Marques da SilvaSandor Sziros
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Como o Fidez, partido de Orbán, saiu, recentemente, do Partido Popular Europeu, de centro-direita, um dos objetivos poderá ser criar um novo grupo de eurodeputados nacionalistas.

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Há condições para criar uma nova aliança ultraconservadora na Europa, consideram os primeiros-ministros nacionalistas da Hungria e da Polónia e o líder do partido da extrema-direita em Itália.

O líder húngaro, Viktor Orbán, convidou para irem a Budapeste, na quinta-feira, o homólogo polaco Mateusz Morawiecki e o ex-ministro italiano Matteo Salvini, que preside ao partido Liga.

No final da reunião, Orbán confirmou que vão prosseguir negociações com outros líderes políticos que partilham a mesma plataforma ideológica.

“Falamos muito sobre os nossos valores comuns. É claro que, além do nosso compromisso com a aliança transatlântica, representamos os valores da liberdade, da dignidade, do cristianismo, da família e da soberania nacional. Recusamos a censura, uma espécie de império europeu ditado por Bruxelas, o comunismo, a imigração ilegal e o anti-semitismo. Partilhamos esses valores e propostas”, disse Viktor Orbán, em conferência de imprensa.

Nova bancada no PE?

Como o Fidez, partido de Orbán, saiu, recentemente, do Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, um dos objetivos poderá ser criar um novo grupo de eurodeputados nacionalistas.

Os eleitos pelo Partido Lei e Justiça, polaco, estão agora na bancada conservadora, e os italianos da Liga estão na bancada da extrema-direita.

A Liga teria mais dificuldade em acomodar o Fidez, porque há muitas divergências sobre questões de economia.
Doru Frantescu
Analista político, Votewatch Europe

"Penso que os membros do Fidesz poderão, facilmente, juntar-se aos eurodeputados eleitos pelo Partido Lei e Justiça da Polónia, já que há um alinhamento político em muitos temas, com a exceção das relações com a Rússia. A Liga, no entanto, teria mais dificuldade em acomodar o Fidez, porque há muitas divergências sobre questões de economia. Além disso, a Liga tem um grupo muito maior pelo que o Fidesz teria de partilhar o seu poder com a Liga", explicou Doru Frantescu, analista político no centro de estudos Votewatch Europe.

Desde que saíram do PPE, a maior força política do Parlamento Europeu, os 12 eurodeputados do Fidesz ficaram como independentes.

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