"Sofagate": Parlamento Europeu ouviu os protagonistas

"Sofagate": Parlamento Europeu ouviu os protagonistas
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De  Isabel Marques da SilvaBrian Carter
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Tem sido consensual que o caso deu uma imagem de fraqueza do bloco e até de alguma competição entre a líder do executivo comunitário e o presidente da instituição que representa os Estados-membros.

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Os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel, chegaram, separadamente, ao Parlamento Europeu, terça-feira, para esclarecerem os líderes das bancadas sobre o chamado "sofagate".

A unidade parece, ainda, não ter sido reconquistada após o incidente da falta de cadeira para Ursula von der Leyen numa sessão com o presidente da Turquia, tendo Charles Michel usado a que estava disponível.

A líder da bancada do centro-esquerda, Iratxe Garcia, tem sido uma das vozes mais críticas do comportamento de Charles Michel, considerando que contribuiu para uma situação humilhante para a colega, mas ficou satisfeita com as explicações e com o "mea culpa".

“Pudemos ouvir de viva voz do Presidente do Conselho, Charles Michel, um pedido de desculpas pelas consequências deste caso e penso que é um primeiro passo. Como mulher, como europeia e como social-democrata, aceitei as suas desculpas porque obviamente, como mulher, como europeia e como social-democrata senti-me ofendida por aquela imagem”, referiu a eurodeputada espanhola.

Iratxe Garcia pediu a Michel e a von Der Leyen para apresentarem, dentro de duas semanas, propostas concretas para evitar novos erros no protocolo diplomático.

Tem sido consensual que o caso deu uma imagem de fraqueza do bloco e até de alguma competição entre a líder do executivo comunitário e o presidente da instituição que representa os Estados-membros.

O vice-presidente da Comissão Europeia com a pasta das relações inter-institucionais, Maroš Šefčovič, disse que é tempo de virar a página:  "Tenho a certeza que ambos os líderes querem concentrar-se no futuro, no trabalho que temos pela frente, garantindo que a Europa não será só bem representada mas que os nossos interesses serão devidamente defendidos onde for necessário".

Interesses que, neste caso, implicavam um sério aviso à Turquia para parar atitudes provocatórias se quiser continuar a ter uma relação com a União Europeia e renovar acordos nas áreas comercial e de migração.

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